O diretor da equipe Yamaha de MotoGP, Lin Jarvis confirmou que a marca dos diapasões seguirá sem uma equipe satélite na temporada 2024. As negociações com a equipe Mooney VR46 falharam.
Ao estabelecer sua equipe na MotoGP, Valentino Rossi assinou um contrato com a Ducati que encerra apenas no fim de 2024. E, com as motos da equipe andando tão bem (Marco Bezzecchi é vice-líder do campeonato), não há quaisquer argumentos para rescindir esse acordo antes da hora.
“O ano que vem não é o momento certo para equipar outra equipe satélite“, admitiu Lin Jarvis ao Speedweek. No início do ano, o britânico ainda tinha esperanças de que a VR46 mudasse para o maquinário Yamaha, da qual Rossi tornou-se recentemente embaixador.
A Yamaha sempre teve pelo menos uma equipe cliente desde o início da era MotoGP em 2002. Até o final de 2018 era a Tech3, de Hervé Poncharal, e quando o francês mudou-se para a KTM, o diretor da Petronas SRT, Razlan Razali, assumiu o lugar.
A Petronas retirou o patrocínio após três anos e a equipe transformou-se em RNF Racing com o apoio da empresa de energia WithU. Agora sabe-se que a Yamaha só ofereceu a equipe de Razali contratos de um ano, porque o financiamento não parecia seguro e porque eles queriam a VR46 em breve.
E, com a Yamaha M1 ficando tão para trás no grid atual da MotoGP, a própria RNF Racing não poderia estar mais feliz por não ter mais compromissos com os japoneses, firmando uma parceria com a Aprilia para 2023, onde recebe o mesmo equipamento do time oficial.
No GP da França, que foi péssimo para a Yamaha, Jarvis comentou a situação da equipe: “perdemos as antigas vantagens da Yamaha. e a competição melhorou mais do que nós“, admitiu. “É difícil encontrar uma explicação precisa para a nossa situação atual“.
Ma ao contrário do que todo mundo pensa, Jarvis explica que o principal problema não é o motor. “O motor não é o nosso problema este ano. Mas ao nos concentrarmos totalmente no motor, não gastamos tempo suficiente melhorando o chassi e a aerodinâmica. Portanto, resolvemos um problema, mas ficamos para trás em outras áreas.“