Iker Lecuona está atravessando a difícil fase de adaptação da MotoGP para o Mundial de Superbike. E o novo piloto da Honda comentou sobre as principais diferenças que notou entre a KTM RC16 e a CBR1000RR-R.
Lecuona, que competiu três temporadas na MotoGP com a Tech3 KTM não teve o seu contrato renovado para 2022 e refugiou-se no Mundial de Superbike, onde a Honda também busca recomeçar do zero o seu projeto de voltar a vencer no principal campeonato de motos de rua do mundo.
“A moto funciona de forma completamente diferente, tem um motor de produção e não é um protótipo. O mesmo vale para os pneus. Você tem aderência por cinco voltas, então a roda traseira patina e você vem de lado com a moto“, comentou Lecuona. “Também preciso ajustar minhas linhas porque o chassi é visivelmente menos rígido. Isso lhe dá mais movimento na moto quando você chega à reta. Você pode pilotar uma máquina de MotoGP um pouco mais suavemente com pneus usados. É realmente diferente.“
Lecuona experimentou pela primeira vez a CBR1000RR-R que foi conduzida por Alvaro Bautista e Leon Haslam em uma sessão de teste no circuito de Jerez em dezembro. Para a infelicidade do piloto de 22 anos, uma pequena queda resultou em uma fratura na mão.
“Na MotoGP você pilota com freios de carbono, mesmo no molhado. Esses freios são excepcionais. Na Superbike você tem freios padrão [de aço]. Estes também são muito bons, mas não iguais. Para mim, a Superbike é um desafio. A motocicleta é mais pesada, o efeito de frenagem é menor e a velocidade também. Eu tenho que me adaptar a isso, tenho que começar do zero. Vou aumentar meu ritmo lentamente, então o progresso virá“, acredita.
Os dois pilotos da Honda para a temporada 2022 são novos para a equipe. O companheiro de Lecuona será Xavi Vierge, espanhol de 24 anos, que vinha participando da Moto2. Enquanto isso, Bautista assegurou seu retorno à Ducati e Haslam ainda não anunciou seu futuro. A expectativa é de que volte ao campeonato britânico (BSB).