A fim de sanar as suas dívidas ou pelo menos minimizá-las, a KTM (leia-se agora Bajaj Auto) está se desfazendo do que pode. A venda mais recente foi a do estúdio Kiska, responsável pelo design das motos mais recentes.
Fundada em 1990, a Kiska dá forma a uma série de produtos, desde garrafas, lanchas, roupas, capacetes, UTV’s e motocicletas. Em 2019, o Pierer Mobility Group, então dono da KTM, comprou a empresa para projetar todas as suas motos de ali em diante.
A empresa opera em um prédio de dois andares adjacente à fábrica da KTM em Mattighofen, na Áustria. As motos laranjas são projetadas no andar superior, enquanto outros designs também são produzidos no térreo, com uma parcela significativa dedicada ao mobiliário urbano.
Só que a KTM está sob nova direção. Desde maio, a Pierer Mobility é de propriedade da Bajaj Auto. Agora, a imprensa europeia anunciou que eles venderam sua participação na Kiska devido à necessidade de gerar caixa, assim como fizera com a MV Agusta, por exemplo.
A Loxone, empresa especializada em automação residencial e predial, adquiriu assim 51% das ações da Kiska, ou seja, a maioria delas e, portanto, o controle do centro de design. Resta saber se os novos modelos serão projetados internamente ou serão encomendados à Kiska.
Desde que a crise tornou-se oficial, em 30 de novembro do ano passado, a KTM já se desfez também de sub-empresas que existiam apenas para fornecimento de insumos à marca, como a Vöcklabrucker Metallgiesserei GmbH, empresa de fundição de alumínio.
Essa sequência de vendas também deixa um ponto de interrogação na Husqvarna e GasGas, ambas adquiridas pela KTM durante a década de 2010. Até agora, os comunicados pouco falaram nessas marcas e pouca atividade têm sido vista de ambas.