Durante o Grande Prêmio da Áustria, a KTM apresentou a RC16, protótipo para competir na MotoGP em 2017. Contudo, eles ainda não haviam disponibilizado para a imprensa maiores detalhes de sua máquina, o que finalmente foi feito agora.
Naturalmente, não se trata de uma ficha técnica extensa como em uma moto de rua, já que há muitas informações que as equipes de MotoGP não revelam por motivos óbvios. Entretanto, algumas informações são interessantes, como o limite máximo de rotações.
Com seu motor de quatro cilindros em V de 1000 cilindradas, a RC16 atinge 19 mil rotações, mais do que a Yamaha M1 (17.300), Honda RC213V (17.700) e a então recordista Ducati (18.000) graças à sua distribuição “Desmodromica”.
Sabemos que o diâmetro dos pistões é limitado em 81 milímetros pelo regulamento da categoria assim como o curso, para evitar quebras. Como a KTM conseguiu atingir rotações tão altas é um mistério, mas talvez indique o bom desempenho apresentado nos testes coletivos de julho.
Outro destaque já mencionado anteriormente é o quadro de treliça tubular de aço. Fazia muito tempo que um protótipo de MotoGP não vinha com essa opção de chassi, com o sistema de vigas duplas ou monocoque imperando há alguns anos. Possivelmente a KTM está com outra “carta na manga” nesse sentido.
A estreia acontecerá ainda esse ano, no Grande Prêmio de Valência, a última etapa da temporada. O responsável pela pilotagem será Mika Kallio, um dos pilotos de teste. A participação, no entanto, não contará pontos (WildCard).
KTM RC16 (2017)
Motor: Quatro cilindros em V, Quatro tempos, 1000 cm³, distribuição pneumática
Potência: +/- 250cv
Regime máximo: 19.000 rpm
Chassi: Treliça em tubos de aço, braço oscilante de alumínio
Distância entre-eixos: 1.400mm
Altura: 700mm
Peso: 157 kg (o limite permitido no MotoGP)
Tanque de combustível: 22 litros
Suspensões: White Power (WP)