Agora que o grupo da KTM detém uma participação na MV Agusta, eles estão considerando a volta da mítica fabricante italiana ao Mundial de Motociclismo a partir de 2027. E o melhor: com moto própria.
Em novembro de 2022, o grupo Pierer Mobility AG, que gerencia as marcas, KTM, Husqvarna e GasGas comprou 25% da MV Agusta e já fazem grandes planos para a fabricante italiana. Voltar ao Mundial de Motociclismo, que dominou na década de 1960 com Giacomo Agostini, é um deles.
“Não descarto a possibilidade de a MV Agusta entrar na MotoGP como marca própria em 2027”, disse Stefan Pierer, o CEO do grupo Pierer Mobility ao diário alemão Speedweek. Isso significa que não seria apenas outra KTM com outra marca estampada, como acontece com a GasGas.
Desde o ano passado, a KTM decidiu dar visibilidade à marca GasGas pintando sua equipe satélite nas cores da outrora pequena fabricante espanhola de motos trial. O mesmo aconteceu no Rali Dakar vencido por Sam Sunderland e na Moto3, incluindo ainda a Husqvarna.
Mas para competir com uma moto própria é um processo mais complicado. O Artigo 2.4.1 do regulamento técnico da FIM diz claramente que a motocicleta deve ser um protótipo, o que demanda um grande investimento em pesquisa e desenvolvimento.
Além disso, o projeto teria primeiro de ser aprovado pela Associação das Fabricantes (MSMA) e depois pela Comissão de Grandes Prêmios. Ao que tudo indica, a cilindrada da MotoGP será reduzida de 1.000 para 850cc em 2027 e o combustível será 100% sintético.
Nos anos 1960 e em parte dos anos 1970, a MV Agusta dominou o Mundial de Motociclismo conquistando 38 títulos de pilotos e 37 títulos de Construtores em diferentes categorias. Nomes icônicos como Giacomo Agostini e Mike Hailwood fizeram história com a marca italiana.
Depois, com a ascensão das motos japonesas e a era dois tempos, a MV Agusta nunca mais entrou no Mundial com moto própria, mas esteve na Moto2 em 2018 em parceria com a equipe Forward. Também esteve no Mundial de Supersport com o modelo F3 800, mas os resultados foram fracos.