Com data marcada para ingressar na MotoGP (a partir da temporada 2017), a KTM ainda não definiu se irá participar em parceria com uma equipe existente ou terá uma estrutura própria. A definição será feita nos próximos meses.
O diário alemão SpeedWeek realizou uma entrevista com o chefe da divisão de competições da marca, Pit Beirer. O dirigente surpreendeu ao declarar que prefere montar uma equipe inteiramente de fábrica, contrariando as notícias iniciais, que apontavam uma parceria com algum time já existente.
“Ter uma equipe à sua própria maneira é muito melhor, partindo da perspectiva do projeto radical que teremos e da realização de todos os desejos de nossos engenheiros, porque você tem todas as cordas em suas mãos. Não é por ser melhor do que os outros, mas por poder reagir mais rápido. Nós já abordamos alguns projetos grandes na KTM e foi sempre assim: se tínhamos todos os fios na própria mão, podíamos definir as etapas mais rapidamente. Se você está em uma parceria, está sempre dependente de compromissos. E isso nem sempre é a melhor solução.” (Pit Beirer, chefe da KTM Motosport)
Beirer também fez outras revelações interessantes, afirmando que a KTM já conversou com as equipes Avintia, Forward, Marc VDS e Aspar sobre a possibilidade de criar uma joint-venture. A Dorna, inclusive apoia a ideia, para que façam uma parceria nos mesmos moldes da Aprilia com a Gresini. Mas a ideia de uma equipe própria já teria sido aprovada até pelo chefe da marca, Stefan Pierer.
Ainda assim, a decisão final ainda não está tomada: “nós temos que tomar uma decisão até o final do verão“, disse Beirer. O protótipo (chamado de RC16, com motor V4 e chassi tubular) irá realizar os seus primeiros testes entre setembro e outubro, com piloto alemão Alex Hofmann.
Outros pilotos também já foram contatados pela KTM para ajudar no trabalho de desenvolvimento. Os nomes mencionados foram o do norte-americano Nicky Hayden e do britânico Michael Laverty.
Apesar de essa ser sua primeira tentativa na MotoGP, a KTM já compete no campeonato mundial, na categoria Moto3 (250cc). Em 2015, eles estão em parceria com o Team Ajo, que tem como pilotos, o português Miguel Oliveira, o finlandês Karel Hanika e o alemão Brad Binder.