A KTM apresentou hoje (22) o modelo 2024 da 390 Duke. A principal naked da marca austríaca foi inteiramente revista, a começar pelo motor que teve a sua cilindrada aumentada de 373 cm³ para 398,7 cm³.
Apresentando um curso mais longo de 64 mm (aumento de 4 mm), o motor monocilíndrico conhecido como “LC4” gera agora uma potência máxima de 44,4 cv a 8.500 rpm e um torque máximo de 3,98 kgf.m a 7.000 rpm para encarar as rivais bicilíndricas Yamaha MT-03 e Kawasaki Z400.
Uma olhada mais atenta também revela um novo chassi de duas peças, com quadro principal de treliça de aço e subquadro de alumínio para uma maior rigidez e melhor sensação de pilotagem, além de uma estabilidade em movimento superior.
O braço oscilante também é novo, com o antigo design abrindo caminho para uma aparência curvilínea, que contorna o amortecedor traseiro revisado, agora montado fora do centro, mais no lado direito. Isso permitiu o escapamento com saída quase oculta, emagrecendo bastante a moto.
Na suspensão, a Duke é sustentada por garfos de cartucho aberto WP Apex de 43 mm com cinco cliques de compressão e ajuste de rebote. É o mesmo caso do amortecedor traseiro, com 150 mm de curso totalmente regulável em pré-carga e recuperação.
É claro que a carroceria da 390 Duke foi totalmente refeita a começar pelo tanque de combustível redesenhado e flanqueado por ombros largos irregulares inspirados nas irmãs maiores, que também têm a função de canalizar ar fresco ao motor.
O conjunto óptico não é exatamente o mesmo de antes e também não é o que vimos nos últimos protótipos em testes, mas parece uma combinação de ambos. Os faróis (com película protetora) são ladeados por luzes de posição, tudo obviamente de LED.
Como não poderia deixar de ser, um conjunto completo (e até desnecessário) de componentes eletrônicos foi adicionado, como controle de tração sensível à inclinação, modos de pilotagem (incluindo uma configuração mais suave para chuva) e até um sofisticado ABS em curvas.
O condutor também é capaz de desativar o ABS na roda traseira com o modo “Supermoto” para realizar derrapagens controladas e impressionar seus amigos. O modo permanece ativado mesmo depois de desligar e ligar novamente a moto na ignição.
Tudo é controlado através de uma novo painel TFT de cinco polegadas que se comunica com o seu smartphone e inclui um cronômetro de volta para track days. Quer mais? Ainda há um quickshifter bidirecional e um controle de largada, ambos de série. Coisa fina, premium mesmo!
Além disso, motociclistas de estatura mais baixa ficarão agradecidos pela altura do assento de 820 mm (antes era de 830 mm) e que ainda pode ser reduzida para 800 mm tornando a moto menos intimidadora para uma ampla gama de pilotos.
Além da 390 Duke, a KTM apresentou também a menorzinha 125 Duke com mudanças semelhantes, a mesma aparência arrojada e peças de chassi atualizadas, mas com suspensões um pouco mais básicas e uma eletrônica menos sofisticada.
Projetadas e desenvolvidas na sede da KTM em Mattighofen, na Áustria, ambas são montadas na Índia pelos parceiros da Bajaj Auto. Como eles anunciaram recentemente os planos de construir a primeira fábrica no Brasil, podemos sonhar concretamente com essas belezinhas por aqui em breve.