Apesar da quase falência e mudança de mãos pela qual passou, a a KTM AG faz uma retrospectiva positiva do primeiro semestre de 2025. Com mais de 100 mil motos vendidas, a empresa superou suas próprias expectativas.
Em um comunicado à imprensa, a KTM AG disse que entregou 50.286 motocicletas às concessionárias e importadores e vendeu 100.391 delas a consumidores, o que, sem dúvida, colaborou para reduzir os grandes estoques que a marca tinha nos galpões no final do ano passado.
A KTM, no entanto, não especificou quais modelos foram vendidos e em quais partes do mundo, o que é particularmente importante para avaliar o grau de recuperação da empresa, que passou das mãos da Pierer Mobility AG para a Bajaj Auto nos últimos meses.
Os problemas de estoque e baixa liquidez de vendas giraram principalmente em torno das motos maiores, que são produzidas na Áustria para o mercado ocidental. Nos últimos meses, quase nenhuma motocicleta foi produzida lá, já que a fábrica parou duas vezes no semestre.
No resto do mundo, o problema com as vendas de motocicletas “leves” parecia ser menor, especialmente na Índia, onde são fabricadas há anos pela Bajaj, a nova proprietária da KTM, e estão incluídas nos números globais de vendas do grupo há anos.
Em 2023, por exemplo, 381.634 motocicletas foram vendidas mundialmente pelas marcas KTM, Husqvarna e GasGas. Dessas, cerca de 140.000 motocicletas eram para a Europa, mas cerca de dois terços delas (cerca de 240.000) foram vendidas em mercados fora da Europa, em particular na Índia.
A KTM já provou ser hábil com estatísticas, portanto, seria lógico que, dos números agora mencionados, uma parte muito substancial consistisse em motocicletas leves, produzidas pela Bajaj (e vendidas) na Índia e em outros lugares na Ásia.
“Se colocarmos o cliente no centro de nossas ações e nos concentrarmos na qualidade e na diferenciação, isso se refletirá no sucesso econômico de nossa empresa no futuro”, disse Gottfried Neumeister, novo CEO da Pierer Mobility, em substituição a Stefan Pierer.