Após a desistência da Suzuki da MotoGP, muito se falou sobre um contato do diretor da Kawasaki no WorldSBK, Guim Roda com Carmelo Ezpeleta, chefe da Dorna. Contato que não teve nada de mais, ele garante: “não estaremos lá”.
Logo após a Suzuki anunciar a sua retirada da MotoGP ao final do ano, Ezpeleta rapidamente veio a público dizer que havia recebido ligações de outras fabricantes, sem citar nomes ou o teor das conversas. Entre elas estava a de Roda, mas o dirigente garante que não estava sondando uma entrada na categoria.
“Nunca pedi à Dorna ou Carmelo Ezpeleta para entrar na MotoGP com uma equipe para substituir a Suzuki em 2023. O único que fiz, conversando com alguns gestores e jornalistas, foi simplesmente perguntar por que a Suzuki decidiu sair e entender o quadro. É isso e nada mais“, disse Roda ao GPone durante a etapa de Misano do WorldSBK.
Roda ainda garantiu que o objetivo da Kawasaki é permanecer no WorldSBK: “As Superbikes são a nossa dimensão, estamos aqui há vários anos e estamos entusiasmados com o trabalho realizado e os resultados obtidos. A MotoGP pode despertar muito interesse, mas não podemos esquecer os custos e sobretudo o empenho fora de casa“, explicou.
A Kawasaki participou da MotoGP entre 2003 e 2008 com um protótipo interessante, a Ninja ZX-RR. No entanto, os resultados magros: apenas três segundos lugares. Em 2010, eles ingressaram no WorldSBK conquistando o título de 2013 com Tom Sykes e entre 2015 e 2020 com Jonathan Rea.
“No WorldSBK, o campeonato é composto de 12 etapas, na MotoGP são mais de 20, dez fora da Europa. Devemos pensar que as pessoas que trabalham na equipe tem família em casa e isso os levaria a se distanciar ainda mais deles. Como disse, o SBK é a nossa dimensão certa. O que posso dizer é que não estaremos lá. Vamos ficar aqui“, enfatizou.
Mas Roda não negou que realmente houve uma tentativa de inscrever uma moto Kawasaki como WildCard em 2019: “Havia curiosidade em saber se era possível fazer uma participação curinga com Rea. Mas o regulamento é claro, apenas protótipos são permitidos, enquanto temos um derivado de produção. Portanto, a ideia desapareceu na raiz.”