A crise das japonesas não acontece só na MotoGP. No WorldSBK, a Ducati também domina deixando as equipes satélites com motos de outras marcas em situação dramática. É o caso da Puccetti Racing, que ameaça deixar a Kawasaki.
Se na MotoGP as equipes satélites equipadas com Ducati ainda tem chance de vencer, o mesmo não acontece no WorldSBK, ainda mais àquelas com outras motos. A Puccetti Racing, que compete com uma Kawasaki Ninja ZX-10RR tem apenas um ponto em toda a temporada e nenhum top 10.
Essa era uma equipe que ganhava corridas há até pouco tempo com Toprak Razgatlioglu. Para esse ano, eles contrataram Tom Sykes, campeão de 2013, mas os resultados foram tão ruins que o britânico foi para a BMW. Foi substituído por Tito Rabat, campeão da Moto2 em 2014, mas os resultados não vieram.
“A Kawasaki está passando por um momento muito difícil. A situação é bastante crítica em termos de resultados“, disse Puccetti em uma coletiva de imprensa. “Precisamos de um ponto de virada para o próximo ano, e discuti isso com a administração da Kawasaki. Nestas condições, não tenho intenção de continuar no WorldSBK. Prefiro concentrar todos os meus esforços no WorldSSP“.
A outras duas equipes satélites da Kawasaki não se saem muito melhor. A TPR Team Perdercini, de Isaac Viñales (primo de Maverick Viñales) soma apenas um ponto A espanhola Orelac, zero. Mesmo nos times satélites das outras marca a situação não é fácil, raramente chegando ao pódio.
O mês de julho, durante as férias de verão, será decisivo nesse sentido. A Kawasaki terá de apresentar garantias de melhoria, ou garantias sobre uma eventual alteração regulamentar, que poderia facilitar a recuperação. Caso contrário, mudar o maquinário é uma opção.