No exterior crescem boatos de que a Kawasaki estaria disposta a fazer uma nova supersport média (chamada de Ninja 700R) para concorrer com a Aprilia RS660 e a futura Yamaha YZF-R7.
Tudo começou na semana passada, com a publicação de mais um desenho dos competentes artistas do Kardesign (acima), que misturaram partes da Ninja ZX-10R, Ninja H2R e Ninja 650 para compor a “Ninja 700R”, uma nova supersport média.
Desde então, as ilustrações rodaram o mundo ganhando destaque em veículos conceituados. Eles afirmam que, apesar de os desenhos serem totalmente ficcionais, a marca de Akashi estuda mesmo dar um upgrade na Ninja 650.
O segmento das esportivas médias voltou a ganhar impulso nos últimos anos graças a um redirecionamento técnico. Em vez de oferecer versões de 600cc de suas 1000cc, as fabricantes estão agora criando modelos carenados de suas nakeds bicilíndricas médias.
A própria Kawasaki foi pioneira nessa tendência ao criar a Ninja 650, que surgiu como uma derivada da antiga ER6-F (atual Z650), bem mais barata de produzir (e de vender) que a real esportiva, Ninja ZX-6R, mas mantendo o mesmo impacto visual.
O sucesso da Yamaha MT-07 e a confirmação de sua versão carenada comprovam que há mesmo uma demanda maior por esse tipo de moto. No ano passado, a Aprilia apresentou a RS660, que também vem sendo muito elogiada.
Certo, mas então por que a Kawasaki estaria preocupada já que tem um produto pronto, a Ninja 650? Ao que parece fixar-se a uma cilindrada já não é mais uma obrigação, como no passado e, com as crescentes demandas de menores emissões, mexer no deslocamento passou a ser importante.
Além disso, ainda existe o apelo de marketing. Com seu deslocamento volumétrico superior (689 cm³ para ser preciso) a Yamaha R7 certamente vai roubar os holofotes por um longo período insinuando maior desempenho que a Ninja 650, o que nem sempre se comprova na prática. São conceitos que chegam aos consumidores e não há nada de errado com isso.
Até o momento não temos nenhuma evidência concreta para nos basear, mas realmente é uma ideia que faz sentido. A Kawasaki gosta de disputar terreno com Honda e Yamaha. Mas eles também podem optar por manter a austeridade japonesa e ficar alheia a tudo isso, como costuma fazer a Suzuki. O que você acha?