Kawasaki Ninja ZX-4R, uma quatro em linha de 400cc. Veja as fotos

A Kawasaki apresentou hoje (1) a nova Ninja ZX-4R. Baseada da ZX-25R asiática, a esportiva tem, como grande diferencial, um motor de quatro cilindros em linha capaz de entregar 80 cv a mais de 15.000 giros.

Nos anos 1990, esportivas de 250cc com motores de quatro cilindros estavam na moda. Verdadeiras superbikes em miniatura, essas motinhos fizeram a festa da molecada que não podia pagar por uma mil. Mas, com o tempo, elas foram substituídas por modelos mais acessíveis de dois cilindros.

Em 2019, a Kawasaki reacendeu essa chama perdida com a Ninja ZX-25R. Com apenas 250cc e quatro cilindros, entregava mais de 50 cv a 17 mil alucinantes giros. O sucesso foi instantâneo. E logo começaram as perguntas: quando chega uma versão para o ocidente?

A Kawasaki nem precisou pensar muito para dar uma resposta. Evidências de sua chegada já aconteciam desde o ano passado. Agora, a marca verde confirma que uma versão aumentada para 399 cm³ será oferecida na Europa e na América do Norte a partir desse ano.

Bem, mas como é a Ninja ZX-4R em detalhes? A sigla já entrega o propósito dessa moto: uma verdadeira esportiva, com tudo o que é necessário para fazer bonito em uma pista de corrida. O quadro de aço tubular é novo, com o motor construído como um membro estressado da estrutura.

Os garfos invertidos Showa BFRC-lite são do tipo que tem funções separadas para cada tubo. Um amortecedor está alojado no braço oscilante curvo de alumínio. A distância entre eixos é de 1.380 milímetros, a trilha é de 97 milímetros e o assento está a 800 milímetros do solo.

Em termos de freios, a ZX-4R monta discos frontais semi flutuantes duplos de 290 mm e pinças montadas radialmente. Você também obtém pneus nas medidas 120/70-17 na dianteira e 160/60-17 na traseira, o que significa muitas opções de modelos, como gente grande.

E o motor? A Kawasaki informou que a cilindrada foi atingida aumentando o diâmetro e o curso dos pistões para 57×39,1 milímetros e a taxa de compressão para 12,3:1 por meio de borboletas com diâmetro de 34 milímetros na câmara de combustão.

Com o efeito “Ram-Air” respirando a pleno através da carenagem, 80 cv estão disponíveis no limite das rotações, a 15.000 rpm. O tanque de combustível comporta 15 litros. O peso em ordem de marcha é de 188 kg nas versões ZX-4R e ZX-4RR. A ZX-4SE pesa 189 kg.

A ZX-4SE tem pintura da Kawasaki Racing Team, quickshifter bidirecional, bolha fumê, tomada USB e sliders já fixados no quadro. A ZX-4RR vem com pintura KRT Edition e garfos totalmente reguláveis de série, os mesmos da ZX-10R. Enquanto isso, a versão standard não tem regulagens.

A moto é tão premium que até a centralina eletrônica é a mesma da Z H2. Isso significa painel TFT com conectividade, quatro modos de pilotagem (um deles configurável), 9 opções de controle de tração, quickshifter com autoblipper, indicador de marcha e cronômetro de volta.

Mas a grande questão é: virá para o Brasil? Ainda é cedo para dizer, mas apenas a Ninja ZX-4RR teve o preço anunciado nos EUA, 9.699 dólares, o que equivale a quase R$ 50 mil no câmbio do dia. Isso nos dá uma ideia do grau de exclusividade que a moto terá.

Enquanto isso, a sua equivalente de dois cilindros, a Kawasaki Ninja 400 (45 cv a 10.000 rpm e 3,7 kgf.m a 8.000 giros) continua listada no mercado norte-americano, a partir de US$ 5.299 (RS 27.000). Mas, colocadas lado a lado, fica clara a diferença de esportividade. Canibalismo à vista?

Kawasaki ZX-4R – ficha técnica