Kawasaki apresenta a Z H2, sua primeira naked sobrealimentada. Veja as fotos

A Kawasaki apresentou hoje (23) a Z H2, a primeira hypernaked sobrealimentada da era moderna. Com quase 200 cv e 14 kgf.m de torque, a motocicleta é praticamente um míssil para andar em ruas e estradas.

Desde que inaugurou a tecnologia supercharger com as impressionantes Ninja H2/H2R em 2014, a Kawasaki sempre disse que disponibilizaria o sistema em mais modelos de sua linha. Mas a implementação tem sido mais lenta do que o esperado.

De lá para cá, apenas a sport-touring H2 SX foi apresentada em 2017, portanto quando a marca de Akashi começou o trabalho de divulgação da Z H2 muitos se perguntaram o que, de fato, era. Hoje felizmente essa espera acabou.

Como o previsto, o motor é o mesmo tetracilíndrico de 998 cm³ da H2 SX, reorientado para oferecer mais força em baixos e médios regimes. A potência divulgada é de 197 bhp a 11.000 rpm, com um torque de 13,97 kgf.m a apenas 8.500 rotações, 1.000 giros a menos do que a irmã sport-touring.

O escapamento tem novo design, com novos e mais longos tubos coletores que, de acordo com a Kawasaki, melhoram a potência em baixa. O catalisador é maior, necessário para enquadrar a moto às novas legislações do Euro5, porém a ponteira final é menor e mais leve.

O quadro treliçado de aço também é semelhante ao da H2 SX, mas foi retrabalhado para acomodar uma distância entre eixos 35 milímetros mais curta e um braço oscilante de dois lados, de alumínio. As bengalas dianteiras invertidas são da marca Showa, modelo Big Piston, demonstrando que a Z H2 não veio para exclusividade máxima.

O mesmo pode-se dizer das pinças de freio Brembo modelo M4.32, de menor especificação, mas com ABS em curvas. Os discos dianteiros tem “apenas” 290 mm. As rodas de 17 polegadas são montadas em pneus Pirelli Diablo Rosso Corsa III, medidas 120/70/17 na dianteira e 190/55/17 na traseira.

Na parte eletrônica, a Z H2 conta com um novo painel digital em TFT, com conectividade Bluetooth a um aplicativo de smartphone que armazena todos os tipos de informações, muitas das quais podem ser acessadas na tela, inclusive os quatro modos de pilotagem (Sport, Road, Rain, Rider).

A Z H2 ainda conta com três modos de potência: Full (197bhp), Middle (147bhp) e Low  (98bhp), controle de tração, controle de largada, quickshifter, controle de cruzeiro e iluminação completa em LED.

O design é o que normalmente esperamos de uma Kawasaki, ou seja, mega moderno e agressivo. As semelhanças com a linha Z são evidentes, porém a Z H2 ainda conserva muito DNA da linha H2. O destaque mais evidente é a entrada de ar do lado esquerdo necessária para resfriar o supercharger.

A capacidade do tanque de combustível permanece em 19 litros e não há sinais de que o motor sobrealimentado seja mais econômico. Embora a Z H2 permita a inclusão de um passageiro, basta uma rápida olhada no assento traseiro para constatarmos que o lugar permite apenas uma carona rápida.

Informações adicionais sobre desempenho e preço ainda não foram divulgadas pela Kawasaki. Esperamos que esses detalhes sejam revelados no Salão de Milão, que acontece entre 5 e 10 de novembro, na Itália. A imprensa europeia, no entanto aposta em cerca de 19.000 euros (cerca de R$ 86.000).

Kawasaki Z H2 -Ficha técnica