Jorge Martin está desfrutando de sua condição de campeão mundial com uma série de entrevistas. Na mais recente, ele conta como uma conta exorbitante após uma noitada o fez mudar de atitude, nas pistas e na vida.
Martin foi entrevistado pelo podcast do YouTube “Tengo un Plan” onde revelou a sua relação com o dinheiro. O espanhol disse que já na Moto3 ganhava uma quantia grande o suficiente para fazer a maioria dos jovens da sua idade perderem o foco na carreira.
“Aos 17 anos já ganhava 70 mil euros por ano na Moto3 na Aspar – este valor era composto por um salário fixo e dinheiro de patrocínio. Se for bom, pode ganhar até 150 mil euros por ano nesta classe”, revelou Martin. “Mas é preciso dizer que 60% dos pilotos costumam pagar para estar lá.”
“O mesmo se aplica à Moto2, onde pode ganhar até cerca de 300.000 euros por ano. Mas quando você acaba na classe rainha, você faz isso por muito menos porque o único interesse é estar lá. Mas você pode ganhar entre 600 mil e 12 milhões de euros todos os anos“, revelou Martin.
Por isso, há um grande risco de se perder em distrações, como Martin descobriu: “Quando mudei para a MotoGP, estava solteiro e depois da minha primeira vitória na Áustria comecei a comemorar.”Eu era competitivo e não tive problemas com isso, mas uma vez numa boate me entregaram uma conta, uma quantia absurda, e depois de pagar percebi que tinha que mudar. Mais tarde conheci minha namorada Maria e isso me ajudou.”
Sua família também o ajudou a manter os pés no chão: “Os meus pais e avós sempre me mantiveram com os pés no chão porque se desperdiçares o teu dinheiro, acabarás falido, os teus amigos desaparecerão e a tua carreira acabará”, explicou.
“Sei o que tenho, estou feliz e procuro aproveitar ajudando os outros. Com o que tenho, poderia me aposentar hoje e viver bem, mas quero ser alguém, uma lenda do MotoGP. Quero ser lembrado e deixar um legado para as gerações futuras“, enfatizou o novo campeão mundial.