Aparentemente descartado na Ducati e com poucas vagas restando no grid de largada, o futuro de Jorge Lorenzo é incerto para 2019. Nesse cenário, tem crescido a possibilidade de que o espanhol retorne à Yamaha em uma equipe privada na próxima temporada. Entenda.
Um ano e meio após ser contratado a peso de ouro pela Ducati, Lorenzo ainda não se encontro com a Desmosedici e a equipe parece ter perdido a paciência por resultados. Na semana passada, o CEO da marca, Claudio Domenicali confessou que é pouco provável que o espanhol permaneça em 2019.
Mas, enquanto as relações entre Lorenzo e a Ducati deterioraram-se, o mercado de pilotos não ficou parado: Valentino Rossi e Maverick Viñales renovaram com a Yamaha, Johann Zarco acertou com a KTM e Marc Márquez segue tranquilo na Honda. Resta apenas uma vaga na Suzuki, que deve ficar com o novato Joan Mir.
Nesse cenário, Lorenzo ficaria sem uma motocicleta competitiva em 2019. A saída seria tirar um “ano sabático”, como sugeriu o empresário italiano Carlo Pernat, ou uma solução impensável até poucos meses atrás: retornar à Yamaha com uma equipe satélite.
A possibilidade ganhou força, principalmente entre a imprensa espanhola nos últimos dias baseado em um argumento forte: sem a equipe Tech3 (que passará a utilizar maquinário KTM em 2019), a Yamaha não terá mais nenhuma outra motocicleta no grid de largada, além das oficiais de Rossi e Viñales.
É sabido por todos que a presença de equipes satélite são importantes às fabricantes da MotoGP, pois estendem o número de profissionais trabalhando na motocicleta, o que refina o seu desenvolvimento. A Ducati, por exemplo, conta com nada menos do que três equipes de apoio totalizando oito motos no grid.
O retorno de Lorenzo a uma motocicleta que sabe pilotar com maestria (além de ajudar em seu desenvolvimento) seria de grande valia à Yamaha. Além disso, a presença de Lorenzo é importante para a MotoGP como um todo. A patrocinadora Monster, por exemplo, ainda está à procura de uma nova parceria para 2019.
A tese é defendida pelos jornalistas espanhóis Emilio Pérez de Rozas, do “El Periódico”, e também por Oriol Puigdemont, do Motorsport.com. Entretanto, nenhuma palavra oficial foi dita ainda. As próximas semanas serão decisivas para o futuro de Lorenzo na MotoGP.