Joan Mir é especulado na Honda desde o ano passado. E quatro dias antes de a Suzuki resolver deixar a MotoGP, o campeão de 2020 já falava que não teria problemas em correr ao lado de Marc Márquez.
Mir concedeu essa entrevista ao jornal espanhol Mundo Desportivo durante o fim de semana do GP da Espanha há quase duas semanas. Nela, o espanhol afirma que não se sentiria intimidado com a presença de Márquez, embora o considere o melhor de todos os tempos.
“Tenho certeza que ele é provavelmente o melhor da história, mas ser companheiro de equipe de Marc não me intimidaria… não, tenho certeza que não“, disse. Mir é cotado para assumir o lugar de Pol Espargaró, cujo contrato encerra-se ao término de 2022. Mas a Honda não fala sobre o assunto.
Mir também foi questionado por sua abordagem pouco agressiva nas pistas, quase sempre mais preocupado em somar pontos do que brigar pela vitória. O espanhol foi campeão em 2020 com apenas uma vitória na temporada. Entretanto, ele garante que sua vontade de vencer é imensa.
“Até que ponto estou obcecado por vencer de novo? Muito! Segui a mesma sequência em toda a minha carreira esportiva: um ano como estreante e o segundo para vencer. Sempre fui assim em tudo, é o caminho. Tenho que me sentir motivado. Lutar para vencer, lutar por bons resultados“, expressou.
Mir também explica por que tem essa filosofia: “Embora os pilotos neguem, imagino que todos tenham uma espécie de lista com quais circuitos devem marcar o máximo de pontos possíveis e em quais devem ir para o pódio ou vitória. No meu caso, sei que Austin é um circuito onde mais sofro. É difícil para mim ganhar lá. Não gosto e quando você não gosta de um circuito, você não vai tão bem.“
Após cinco etapas, Mir ocupa a sexta posição no Mundial de Pilotos com 56 pontos, atrás de seu companheiro de Suzuki Alex Rins, o quarto com 69. Seus melhores resultados foram dois quartos, na Argentina e nos Estados Unidos. O GP da França acontece nesse fim de semana.