Após conquistar o título mundial no GP de Valência ontem (15), Joan Mir não se esqueceu das circunstâncias especiais da temporada 2020, marcada pelo Coronavírus.
Mir garantiu o título ao cruzar a linha de chegada na sétima posição, enquanto que seu principal rival, Fabio Quartararo (Petronas Yamaha)caiu e abandonou a prova. Aos microfones do DAZN, o espanhol revelou que essa foi uma das corridas mais difíceis do ano.
“Ainda não acredito. Não tenho forças para festejar, estou muito cansado. Foi uma corrida em que sofri muito, ainda bem que esta corrida não veio antes. Em todo o ano não tinha sofrido tanto. Mas bastou para nós, todo o trabalho tem sido muito bom e suficiente para sermos campeões. Não tenho palavras. Posso começar a agradecer às pessoas, mas nunca vou terminar porque tem muita gente que me ajudou a estar onde estou agora, levaria muito tempo a dizer. É brutal“, admite.
Consciente como poucos nesse momento de euforia, Mir fez questão de lembrar aqueles que sofreram com o Coronavírus em 2020. A Espanha foi um dos primeiros epicentros no ocidente e agora atravessa a chamada “segunda onda” da doença.
“Acima de tudo, agradeço a Suzuki pela oportunidade que me deu, porque era o objetivo de longo prazo que tínhamos, mas que veio no segundo ano… Não tenho palavras. Agora só penso em comemorar com eles, eles merecem muito, também a toda a minha família, às pessoas que estão em casa e estão sofrendo com tudo isso da COVID-19, espero que tenham gostado dessa temporada“, enfatizou. “Dei tudo e no final consegui vencer, espero que tenha alegrado a vida de todas as pessoas que estão passando por momentos difíceis.“
Esse é o segundo título mundial de Joan Mir, que já havia sido campeão na Moto3 em 2017, e o sétimo da Suzuki, o que não acontecia desde 2000 com Kenny Roberts Jr. A etapa de encerramento da temporada acontece em Portugal no próximo domingo (22).