Lucas Carioli
Todo mundo dá como certo que Joan Mir estará na Repsol-Honda na temporada 2023. Mas o tempo está passando e até agora o anúncio oficial não foi feito. Eis o que sabemos até agora.
O namoro de Joan Mir com a Honda já é antigo. Na verdade, começou em 2017, quando o espanhol ganhou com facilidade o campeonato da Moto3. As circunstâncias do destino fizeram com que o promissor piloto começasse sua carreira na MotoGP através da Suzuki em 2019.
De acordo com a imprensa espanhola, ainda no começo desse ano, Mir aceitou uma proposta de Alberto Puig para ingressar na Honda em 2023 e um acordo verbal foi feito. No entanto, alguns dias depois a Suzuki aumentou sua oferta econômica para que o espanhol ficasse.
Com o silêncio da Honda, Mir já havia decidido continuar com a Suzuki, quando as ordens de Hamamatsu de desligar a tomada vieram durante os testes coletivos de Jerez. Uma notícia que nem mesmo as pessoas com quem o campeão de 2020 havia negociado essa renovação sabiam.
Resumindo: a chegada de Mir à Honda está acordada, mas não assinada. O espanhol quer fazer valer o acordo anterior enquanto que Puig pretende baixar o valor acordado naquele momento, já que o piloto das Ilhas Baleares não tem muitas opções. E é aí que surge o atual impasse. E no meio do caminho surgiram outros imprevistos.
Além da Suzuki, ninguém estava prevendo a saída de Miguel Oliveira da KTM. O português, vencedor de seis das quatro vitórias austríacas na MotoGP tornou-se uma alternativa atraente, pois está mais acostumado a pilotar uma motocicleta difícil e com motor V4. Ou seja, é a Honda quem tem mais opções agora.
“Temos alguma margem e veremos. Temos várias opções e estamos avaliando-as. Mir é uma opção, mas há mais pilotos, não apenas ele. Todos que ainda não assinaram, todos nos ligaram. Conversamos com todos, claro. Se você não tem uma moto e uma equipe, é normal“, disse Puig ao canal DAZN.
Outras informações sugerem que a Honda também estaria à procura de Pedro Acosta, o espanhol sensação da Moto2, oferecendo-lhe já um contrato de quatro anos. A fabricante gosta de apostar em jovens talentos, como foi Márquez. Parece que vai levar ainda algum tempo para conhecermos a formação da equipe em 2023.
