Depois da aposentadoria de Marc Coma, Joan Barreda entra no Dakar 2016 como franco favorito para a vitória, que seria a sua primeira no principal rali cross-country do mundo. Entretanto, o espanhol disse que prefere alcançar a sabedoria do conterrâneo a suas estatísticas.
Aos 32 anos de idade, Barreda se tornou o principal nome da Honda HRC, equipe que defende há três anos. Em 2015, o espanhol de Castellón venceu apenas uma etapa, mas finalizou quase todas entre os primeiros e esteve perto conquistar o título, antes de ter problemas no final e ficar para trás.
A vitória ficou com Coma, o seu quinto título mundial, que o colocou em igualdade aos franceses Cyril Neveu e Cyril Després. Contudo, o espanhol deu-se por satisfeito e se aposentou. No Dakar 2016, o atual pentacampeão ficará apenas como membro da organização do evento.
“Olha, eu não diria que eu me preocupo com o legado de Marc Coma. Ele parou, e eu continuo com o objetivo de ganhar o Dakar, como tenho feito até agora. Para bater Marc você precisa analisar sua força, vencê-lo na pista, em seu campo, não espere que ele cometa um erro, ele não comete, nunca. Eu diria que agora, mais do que o seu legado, eu faço tesouro o seu ensino, tirar proveito de sua mentalidade, a sua abordagem.” (Joan Barreda)
Em 2016, o Dakar não passará pelo Chile nem pelo Peru. Após a largada em Buenos Aires, na Argentina, a caravana irá passar pela Bolívia, antes de retornar à terra do tango para a grande final em Rosário. Barreda acha que a presença de Coma na organização do evento pode ajudar as coisas.
“Bem, eu diria que já conhecemos bem Argentina, e a Bolívia, o suficiente. Mas eu acho que vai ser um Dakar um pouco diferente, especialmente com a chegada de Marc como Diretor Esportivo da ASO. A segunda semana da corrida, aquela com a rota perto dos Andes, certamente vai ser difícil. Marc sabe o suficiente, e eu sei que ele gosta de navegação, portanto será um trecho de muita técnica e poucas informações. É certo que essas serão as fases em que temos de ser muito calmos e cuidadosos, para tomar as decisões corretas.”
A Honda também terá a experiência de Jean Azevedo, mas na equipe Honda South America Rally Team, que conta com membros brasileiros e argentinos da marca. O piloto de 41 anos será o único representante do Brasil na categoria motos do Dakar 2016.
Via | Moto.it