A paciência de Valentino Rossi com a Yamaha parece ter acabado no Grande Prêmio da Espanha, realizado ontem (6) em Jerez. O italiano, que chegou em quinto lugar se mostrou claramente insatisfeito com a falta de velocidade da Yamaha em um circuito que sempre os favoreceu.
Rossi e seu companheiro de equipe Maverick Viñales foram meros figurantes no Grande Prêmio da Espanha, uma prova em que ambos tinham grandes expectativas devido ao retrospecto da YZR-M1 no circuito andaluz. Em 2015 e 2016, a Yamaha venceu a prova de ponta a ponta.
Apesar disso, Rossi se classificou apenas na 10º posição para o grid de largada (Viñales foi 11º) e na corrida vinha apenas na oitava posição quando foi beneficiado pelo triplo acidente que tirou de combate Andrea Dovizioso, Jorge Lorenzo e Dani Pedrosa. Também caíram à sua frente os pilotos Cal Crutchlow e Alex Rins.
“No final, um 5º lugar não é um resultado tão ruim depois desse final de semana, posso me considerar sortudo“, disse Rossi após a corrida. “O problema é estar feliz com um 5º lugar que teria sido o 8º. Estou frustrado, o desenvolvimento da moto não trouxe resultados“, confessou.
“Estamos sofrendo. Eu sempre tentei falar com a Yamaha e dizer a eles o que precisamos melhorar, mas infelizmente o tempo está passando e ainda não resolvemos nada”, continuou o Doutor. “Espero que haja mais esforço nos próximos meses para que possamos dar um passo adiante no futuro próximo”.
Apesar das críticas incisivas, Rossi também olhou o lado positivo: “No ano passado nós terminamos a 38 segundos do vencedor, hoje foi 8s. Por um lado, 30 segundos é uma diferença enorme, mas eu teria sido 8º de qualquer maneira”, analisou. “Precisamos de uma mão para sermos competitivos”.
Rossi acredita que está faltando poder de reação à Yamaha: “Corridas, semanas e meses se passam, não estou dizendo que temos os mesmos problemas um ano atrás, já que a moto melhorou, mas os outros deram um passo maior do que nós“, alerta. “Tenho certeza de que temos potencial para isso, mas precisamos ser rápidos ou outro ano vai passar“.