A confiança de que o Grande Prêmio do Brasil de MotoGP volte a acontecer está desaparecendo até fora do país. Agora, foi a vez de a mídia inglesa dar sua palavra de descrédito.
A matéria foi feita pelo diário Motorcycle News. Os britânicos fizeram uma entrevista com o diretor da Dorna, Javier Alonso, na qual deixa bem claro as dificuldades de se realizar uma nova corrida no Brasil, em curto prazo.
O local inicial seria o Autódromo Nelson Piquet em Brasília, que necessitaria passar por uma reforma completa que ainda aconteceu. Então, os representantes do reformulado Autódromo Ayrton Senna, em Goiânia manifestaram seu interesse em trazer a categoria. Mas mesmo esse circuito precisa de diversas melhorias, segundo Alonso.
A pista de Goiânia não está pronta. É um circuito que teve uma atualização, mas ainda não está à altura do padrão que precisamos e dissemos à eles (os organizadores) o que é necessário fazer. Precisamos ter estradas de serviço e não havia nenhuma. Precisamos ter paredes que definem a pista e não havia em nenhum lugar e precisamos de um bom centro médico que não existe. Nós dissemos a eles para trabalhar nesse projeto agora e talvez possamos fazer um teste com eles no final do próximo ano.” (Javier Alonso)
Goiânia já recebeu a MotoGP entre 1987 e 1990, tempo em que a categoria era conhecida apenas como “500cc”. O Grande Prêmio do Brasil de MotoGP seguiu uma trajetória errática desde então, se alternando entre Interlagos em São Paulo e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A última prova foi em 2004.
Mas se no Brasil o retorno está difícil, nos outros países da América do Sul as coisas estão melhores. Desde 2013 a Argentina já recebe sua etapa em Termas Del Rio Hondo e agora o Chile se planeja para ser incluído no calendário, com um novo circuito que está sendo construído em Rancagua.