No mês passado noticiamos que a Indian estava desenvolvendo um novo motor com um sistema inovador. Agora, um novo registro de patentes indica que esse mesmo propulsor terá um inédito sistema de válvulas variáveis.
A notícia revelava que o novo motor terá uma nova forma de acessar mais facilmente o eixo de comando sem ter que remover os balancins, através de recortes nas paredes laterais com espaço suficiente para que o virabrequim seja puxado para fora.
Agora, um novo registro no Escritório de Patentes e Marcas Comerciais dos Estados Unidos mostra imagens de um motor que parece quase idêntico ao anterior, com duas válvulas por cilindro acionadas por roletes hidráulicos.
As quatro válvulas são combinadas com três árvores de manivelas: duas para o sistema de exaustão e um eixo central de duas vias para as de indução. A placa que é visível na parte externa do motor é parte do conjunto usado para variar o tempo das válvulas.
Ao contrário do sistema DVT da Ducati, que tem phasers para as válvulas de admissão e de escape, a ideia da Indian se aplica apenas à indução, como na Kawasaki Concours 14. Essa, no entanto, é a primeira vez que algo assim é visto em um V-Twin.
Outro detalhe interessante da patente é que a rotação do phaser dos virabrequins é controlada pela centralina do motor, de modo a avançar ou retraí-los, afetando a quantidade de gases quando as válvulas de admissão e de escape estão abertas.
De acordo com o Motorcycle.com, isso permite que os gases de escape fluam de volta para o coletor de admissão como uma forma de recirculação, o que muito provavelmente deve reduzir a quantidade de emissões através do escapamento. Lembre-se que o Euro5 começa a valer no ano que vem.
O motor foi criado originalmente para a finada marca Victory e tudo indica que estará presente na nova cruiser que a Indian vai lançar nos próximos meses para concorrer com a Harley-Davidson Ultra Limited. É bem possível também que algumas dessas inovações sejam vistas nos propulsores Thunder Stroke 111.