Andrea Iannone comentou pela primeira vez sobre a suspensão temporária que recebeu da FIM depois que um teste antidoping deu positivo. O italiano se mostrou surpreso, mas disposto a cooperar: “Sempre deu negativo antes“.
Conforme apurado ontem (17), Iannone realizou um teste antidoping em 3 de novembro, durante o Grande Prêmio da Malásia onde verificou-se a presença de substâncias proibidas na sua urina. O piloto da Aprilia utilizou as redes sociais para se expressar.
“Estou totalmente relaxado e quero tranquilizar meus fãs e a Aprilia Racing. Estou aberto a qualquer contra-análise em um assunto que me surpreendeu, também porque – até o momento – não recebi nenhuma comunicação oficial“, comentou Iannone no Instagram.
“Ao longo dos anos, e também nesta temporada, fui submetido a verificações contínuas, obviamente sempre provando ser negativas, e é por isso que tenho plena confiança na conclusão positiva deste caso“, concluiu o piloto de 30 anos.
A suspensão de 18 meses já está valendo, ou seja, se tivéssemos um Grande Prêmio hoje (18), Iannone não estaria autorizado a participar dele. Para que o italiano recupere sua licença de pilotagem há apenas dois caminhos a seguir.
O primeiro é solicitar à FIM que uma amostra B seja analisada. Caso o resultado do novo teste dê negativo, como confia, a suspensão de sua licença é automaticamente cancelada e Iannone está liberado para participar da temporada 2020 sem problemas.
O segundo caminho é ir ao Tribunal Disciplinar da FIM para solicitar o levantamento provisório da sanção. Nesse caso, os advogados de Iannone terão de provar que o teste realizado em Sepang resultou em um resultado incorreto a partir de amostras contaminadas ou da ingestão acidental das substâncias.
Caso não consiga provar a sua inocência, Iannone está fora da temporada 2020 da MotoGP e abre-se uma vaga na Aprilia para o próximo ano. O primeiro da lista é o piloto de testes Bradley Smith, mas a marca de Noale ainda não se pronunciou a respeito.
A Federação Internacional de Motociclismo é particularmente dura com doping. Ainda no ano passado, eles suspenderam pela segunda vez o australiano Anthony West (já havia sido pego em 2012), que se refugiou no Brasil. Aqui, o piloto de 38 anos explica melhor a sua briga com a entidade, que chegou a ameaçar o Superbike Brasil.