Lembra-se quando as quatro grandes marcas de motos do Japão – Honda, Yamaha, Suzuki e Kawasaki – haviam juntado forças para estabelecer um padrão de baterias substituíveis? Elas anunciaram a criação de uma nova empresa que pretende instalar pontos de compartilhamento no Japão.
A nova empresa chama-se “Gachaco”, uma colaboração entre as quatro fabricantes e a Eneos Holdings, um conglomerado japonês de petróleo e metais que fez o maior investimento, uma participação de 51%. A Honda está em segundo lugar com 34%. As três outras empresas têm, cada uma, uma presença de 5%.
A Gachaco será oficialmente lançada em 1º de abril e começará a desenvolver a infraestrutura a partir de então, mas o objetivo será oferecer um serviço parecido com que já é feito pela empresa de scooters Gogoro, que possui mais de 2.300 estações de troca de baterias em Taiwan.
Para comparação, existem 2.487 postos de gasolina em Taiwan, e as instalações de troca de baterias da Gogoro devem superá-los até o final deste ano. Já existem várias marcas de scooters (incluindo a Yamaha) adotando o padrão de bateria da Gogoro no mercado taiwanês para aproveitar da configuração.
No caso da Gachaco, o sistema de bateria escolhido é o “Mobile Power Pack” do Honda PCX, que parece o mais avançado nesse setor. Lançado em 2018, a tecnologia permite que a bateria dos scooters seja facilmente substituída em pontos estratégicos eliminando a longa espera das recargas.
Isso também permite que scooters com baterias menores e mais leves seja utilizados, ocupando menos espaço de bagagem e, com menos tamanho e peso para carregar, outros componentes, como quadros, suspensão e freios também podem ser reduzidos.
Por enquanto, o esforço inicial está claramente focado no Japão, mas é bastante provável que o serviço também chegue à Europa em breve. No ocidente, a Honda também está liderando (ao lado da KTM) outro consórcio de empresa para padronização de baterias com objetivos semelhantes.