A Honda já marcou data para se despedir de suas motocicletas a combustão: 2040. Nesse ano, todas elas (isso mesmo, TODAS) deverão ser elétricas ou pelo menos impulsionadas por métodos livres de combustíveis fósseis.
O anúncio foi feito no Briefing anual de negócios, onde a Honda estabeleceu as metas para o futuro, incluindo o rumo a seguir nas estratégias de eletrificação e investimento. A empresa reafirmou o seu compromisso estabelecido em 2021 de ter uma frota de veículos 100% elétrica até 2040.
“A Honda não mudou a sua crença de que os veículos elétricos (EVs) são a solução mais eficaz na área de produtos de pequena mobilidade, como motocicletas e automóveis, e a meta de eletrificação da Honda para fazer com que os EVs e FCEVs representem 100% das suas vendas globais de veículos até 2040 permanece inalterada”, disseram no comunicado.
“A Honda deve olhar para o período de popularização dos veículos elétricos e construir uma marca forte de veículos elétricos e uma base comercial sólida de veículos elétricos numa perspectiva de médio e longo prazo”, adicionaram no documento que serve para direcionar a sua cadeia de afiliadas pelo mundo todo.
A Honda especificou detalhes de como fará essa transição. Pelo que deu para entender, eles apostam no Honda Mobile Power Pack (MPP), o sistema de baterias portáteis e intercambiáveis da marca. E o próximo passo é reduzir o seu custo de produção em 35% e o preço em 20% até 2030.
Um total de sete modelos serão lançados globalmente até 2030, incluindo modelos de pequeno a grande porte. Eles estão planejando investir aproximadamente 10 trilhões de ienes em recursos até o ano fiscal de 2031, quando se espera que o período de popularização dos EVs comece.
Além disso, uma série de conceitos dão a direção para onde a pesquisa e desenvolvimento da Honda caminhará nos próximos anos. É o caso de baterias ultrafinas, redução do número de peças, novas máquinas de fundição e por aí em diante.
Não há consenso sobre a direção a seguir entre as quatro grandes japonesas. A Kawasaki aposta em motores híbridos e elétricos; a Yamaha tem feito pesquisas com motores elétricos e a hidrogênio, mas ainda não apresentou nenhum modelo de produção. O mesmo acontece com a Suzuki.
A Honda, por outro lado, apesar da “sensação de abrandamento no crescimento do mercado de elétricos”, parece convencida de que a eletricidade “é a solução mais eficaz na área de produtos de pequena mobilidade, como motociclos e automóveis.” Eles acham que a mudança para os EVs “continuará a ocorrer de forma gradual” nos próximos anos.