O chefe dos mecânicos de Marc Márquez, Santi Hernandez acredita que as primeiras corridas da temporada 2020 serão como testes, após tanto tempo sem correr devido ao Coronavírus.
Hernandez é um dos rostos mais populares nos boxes da Honda e concedeu uma pequena entrevista ao site oficial da MotoGP sobre as expectativas da equipe para o reinício da temporada esperado para o final de julho.
“Para nós, a primeira corrida, e até a segunda, serão quase como novos testes“, acredita Hernandez. “Você precisa tentar avaliar qual será a melhor base para começar a primeira corrida e, especialmente, acabar entendendo e confirmando se o que tentamos no Catar, no último dia foi o caminho certo a seguir“, avalia.
A Honda teve uma pré-temporada muito difícil, com os pilotos da marca ocupando apenas posições intermediárias e reclamando muito do comportamento da motocicleta. No Catar, um modelo híbrido, com partes de 2019 e 2020 foi testado, chegando a resultados satisfatórios apenas no último dia.
“No último dia [no Catar], percebemos que, por algum motivo, havíamos desviado um pouco o caminho“, acrescentou Hernandez. “O fato de termos retrocedido nos fez ver as coisas de maneira positiva e acho que é a coisa mais importante, mas não será fácil porque não tivemos uma pré-temporada normal por causa da lesão [no ombro] de Marc e dos problemas que tivemos, não foi fácil“, admite.
Hernandez também acredita que as primeiras corridas oferecerão surpresas aos telespectadores: “Acredito que nas primeiras corridas veremos muitas surpresas, principalmente por causa desse intervalo. Quando chegamos a um circuito após as férias de inverno, no primeiro teste na Malásia, sempre há pilotos muito rápidos e há outros que não prestam atenção a tudo isso e estão mais atrás“, explicou.
Por isso, o engenheiro está entre aqueles que defendem a realização de um novo e último teste já no circuito de Jerez para colocar tudo em ordem: “será muito importante, principalmente para confirmar que o sentimento que tínhamos no Catar estava correto e que não foi apenas um acaso“, pondera. “A partir de então, nós certamente iremos melhorar muitas coisas, mas o mais importante é ter a boa sensação que tivemos naquele último dia no Catar“.
A MotoGP tenta agora realizar duas etapas, o Grande Prêmio da Espanha e o Grande Prêmio da Andaluzia, sem público e com o número de funcionários reduzido ao máximo nos dois últimos finais de semana de julho. Os eventos, no entanto, ainda dependem da aprovação do Governo Espanhol.