Depois de alguns anos de estagnação, a Honda está planejando apresentar uma CBR1000RR Fireblade inteiramente revista. Entretanto a maior novidade seria uma nova superbike, que pode vir a ser a RVF1000 ou uma versão mais barata da RC213V-S, lançada esse ano.
Se o sinal verde for dado, a nova Fireblade poderá ser vista em 2017, ostentando melhorias mecânicas, aerodinâmicas e principalmente eletrônicas, que a colocariam em condições de igualdade às rivais recentemente atualizadas, Yamaha R1, Kawasaki ZX-10R e Suzuki GSX-R1000.
Apesar da nova geração (a primeira desde 2008), a Fireblade ganharia um novo direcionamento no mercado. A CBR seria uma superbike mais acessível, desenvolvida para ser mais agradável em ruas e estradas, ao invés do foco em desempenho puro para as pistas de corrida.
Àqueles que quiserem uma máquina desenvolvida como uma arma para disputas em autódromos irá voltar seus olhos para a nova RVF1000. Com um motor V4 (ao contrário do quatro em linha da CBR), essa superbike seria derivada da RC213V-S (lançada esse ano), mas com especificações técnicas inferiores, que deixariam seu preço por volta dos R$ 300 mil reais (menos da metade da versão standard).
O progresso desse projeto realmente existe e nas fotos aqui mostradas estão os desenhos de patente, que confirmam a semelhança com a RC213V-S. A Honda não confirma nem nega que uma RVF vai estar em produção, entretanto já efetuou o registro da nomenclatura.
Entrevistado pelo Motorcycle News no Salão de Milão, Tetsuo Suzuki que é o chefe do departamento de Pesquisa & Desenvolvimento da Honda foi inesperadamente sincero e revelou que a marca tem três projetos em andamento.
“Há três projetos e todos eles estão sob séria consideração no momento. O mercado de superbike mudou muito ao longo dos últimos anos e precisamos ter certeza de levar isso em conta nas nossas decisões. As três opções em aberto para nós incluem uma substituta para a Fireblade, a RVF1000 e também uma versão mais barata da RC213V-S. Estaremos estudando todas as três em paralelo e todas estão sob séria consideração, mas é provável que haverá uma ou talvez duas das três opções em produção. Em termos de futuro da Fireblade nós não queremos fazer algo tão extremo como aconteceu com a Yamaha R1m por exemplo. O conceito da Fireblade não é destinado a pilotos de pista; esse não é o propósito da moto A ideia é ter uma moto de estrada utilizável. No que diz respeito à possibilidade de uma RVF1000, derivada da plataforma RC213V-S é um caminho possível.” (Tetsuo Suzuki)
A última grande atualização da Fireblade aconteceu em 2008. Na ocasião, a superbike rompeu completamente com a geração anterior que vigorou entre 2004 e 2007. Entretanto, o nicho das superbikes mudou radicalmente com a chegada da nova geração da BMW S1000RR em 2010.
Com um forte aparato tecnológico, a superbike alemã se colocou na liderança na classe, sendo, inclusive uma vitoriosa nas pistas. Ela logo foi seguida pela Yamaha R1, Aprilia RSV4, Ducati 1299 Panigale e, mais recentemente com a Kawasaki ZX-10R e Suzuki GSX-R 1000, apresentadas esse ano. Todas acabaram deixando a Fireblade para trás.
Para recuperar o atraso, acredita-se que a CBR1000RR terá peso interno reduzido menos fricção nos componentes do motor, nova carenagem, maior potência, além de um novo sistema de injeção de combustível e de escapamento. Espera-se também um novo pacote eletrônico, como controle de tração e modos de pilotagem. A grande questão será o quão longe a Honda irá, já que eles sempre disseram não acreditar na eletrônica como forma de controle.