Uma pesquisa independente recente revelou que, apesar do crescimento das marcas europeias, a Honda e outras fabricantes japonesas, indianas e chinesas são as que mais venderam motos no mundo em 2023.
Os dados vem da MotoCyclesData, uma empresa de inteligência e consultoria do setor de duas rodas, com o mais amplo banco de dados de vendas de motocicletas, acompanhando as vendas mensais de todas as marcas e modelos em mais de 80 mercados.
De acordo com eles, a indústria global de motocicletas (incluindo ciclomotores, scooters, motocicletas e underbone) se recuperou completamente da pandemia em 2023, reportando 62,5 milhões de vendas, um aumento de 2,6%, embora a queda repentina relatada para o segmento elétrico.
O ranking das 10 principais marcas olha para os dados de vendas combinadas nos 92 países nas categorias scooter, ciclomotor e motocicletas. Isso significa que os “Tuk Tuk”, populares no oriente, não estão incluídos, assim como os ATV/RUV ou kick scooter.
Em 2023, a Honda vendeu 18,4 milhões de veículos de duas rodas globalmente (+4,3%) perto de 0,7 milhões a mais do que no ano anterior. O segundo lugar ficou com a indiana Hero que comercializou 5,6 milhões de produtos (+5,4%), a maior parte deles só na Índia.
Em terceiro lugar vem a japonesa Yamaha com 4,6 milhões de unidades comercializadas em 2023 (+0,9%). No entanto, a quota de mercado da marca dos diapasões, atualmente em 7,5%, ainda está 5 pontos abaixo do recorde estabelecido em 2012.
Em quarto, outra marca indiana, a Bajaj Auto, parceira da Triumph e da KTM, com 3,6 milhões de vendas (+8,7%) graças ao forte desempenho doméstico, logo a frente da concorrente TVS Motor, parceira da BMW Motorrad, em quinto, com 3,4 milhões (+19,8%). Essa foi a que mais cresceu em 2023.
A primeira chinesa aparece apenas em sexto, com a Yadea, que vendeu 2,5 milhões de produtos em 2023. No entanto, a especialista em EVs, parece estar com imensas dificuldades, já que a queda em relação ao ano anterior foi acentuada, 49,7%.
Em sétimo lugar está a Suzuki, que apresentou uma rápida recuperação em 2023, com 1,9 milhões de vendas (+7,1%). A marca de Hamamatsu, por exemplo, ficou na frente de outras três gigantes chineses, Haojue, Loncin e Zongshen, duas delas com presença no Brasil.