Menos de 12 horas após anunciar que sua fábrica no Polo Industrial de Manaus seguiria operando com restrições, a Honda mudou de ideia e decidiu paralisá-la, em função do coronavírus. O Estado Do Amazonas decretou estado de calamidade pública e tem a primeira morte registrada fora do eixo Rio-SP.
As atividades produtivas serão suspensas a partir de 27 de março com retorno previsto para 13 de abril, o que pode ainda ser postergado até o dia 20 do mesmo mês. A primeira morte em decorrência do COVID-19 aconteceu ontem (24). De acordo com o G1, a vítima tinha 49 anos e residia no município de Parintins, a 369 km de Manaus.
A empresa também afirmou que está direcionando o maior número possível de profissionais das áreas administrativas para férias coletivas ou em regime de Home Office. Para as atividades imprescindíveis, que não podem ser realizadas a distância, será mantido um contingente mínimo de colaboradores, com as medidas de prevenção recomendadas pelas autoridades para proteger as pessoas e conter a disseminação do vírus.
De acordo com o último boletim emitido pelo Governo do Amazonas, o estado contabiliza 47 casos confirmados de coronavírus. O estado de calamidade, decretado na última segunda-feira (23), estabelece que apenas os serviços essenciais, como supermercados, farmácias e padarias permaneçam abertos.
Além da Honda, as fábricas da BMW Motorrad, Yamaha, Samsung e Transire (empresa que produz máquinas de cartão de crédito e débito) já anunciaram a paralisação de suas unidades produtivas no Amazonas e outros estados. No Brasil, já são 47 mortes e 2.271 casos confirmados.