Nem parece, mas desde 2005 já se vão 20 anos. Tempo o suficiente para esta Honda CBR1000RR Fireblade zero quilômetro, na caixa, ser vendida como um santo graal em um leilão na Inglaterra em fevereiro.
De acordo com o MCN, patrocinadora do evento, a motocicleta teria sido importada recentemente de Hong Kong, onde ficou armazenada por um longo período como estoque de uma ex-concessionária, ainda em sua embalagem original.
A Fireblade teria sido removida da caixa e ligada apenas uma única vez. No entanto, ela foi colocada de volta na caixa onde permanece desde então. A capa da caixa de papelão também apresenta os números de série, que são os mesmos do chassi da unidade.
Em 2005 as superbikes de 1000cc e alto desempenho estavam no topo da pirâmide. Era o segmento com maior prestígio e tecnologia, fruto de uma era em que andar rápido era uma virtude. Além da Fireblade, ainda havia Yamaha R1, Suzuki GSX-R1000, Ducati 999 e Kawasaki ZX-10R para escolher.
A Honda não perdia tempo e também oferecia a CBR1000RR nessa pintura da Repsol, sua parceira nas pistas de MotoGP desde 1995 e que acumulava vários títulos desde então. Rodar com uma era garantia de arrancar olhares de admiração. Até o Dr. House, da série, tinha uma.
Em 2005, a Fireblade já era uma máquina muito avançada. Seu motor de quatro cilindros em linha de 998 cm³ desenvolvia 172 cv a 11.250 rpm e 11,7 kgf.m de torque a 10.000 giros. Achou pouco? Tente domar isso sem os diversos controles eletrônicos disponíveis hoje…
Se os recursos eletrônicos eram limitados, a parte mecânica ainda é respeitável: bengalas de 43mm completamente reguláveis, discos de freio de 310mm com quatro pistões e peso a seco de 179 kg, algo em torno de 200 kg abastecida. O suficiente para um 0-100 km/h em menos de 3 segundos.
Essa unidade ainda vem com duas chaves, todos os manuais lacrados, além da bolha e dos espelhos que são montados na concessionária. O preço? Entre £ 10.000 e £ 15.000 libras, o que dá aproximadamente 111 mil reais. Uma Fireblade nova lá custa cerca de 170 mil reais.