A Honda apresentou hoje (15) a versão de produção definitiva da CB1000 Hornet, que havia revelado como protótipo no ano passado. A hypernaked chega com um visual totalmente renovado, mais potência e tecnologia.
Conforme anunciado na sua revelação, durante o Salão de Milão do ano passado, a nova CB1000 perde o “R” anterior mas ganha a alcunha “Hornet”, que agora é uma linha própria, abrangendo também a CB750A e a CB500R. A nomenclatura ainda não foi adotada no Brasil.
O motor é uma versão amansada da CBR1000RR de 2017, mais potente e compacto. A potência chega a 152 cv a 11.000 rpm e 10.6 kgf.m de torque a 9.000 rpm. Para comparação, a CB1000R anterior chegava a 145 cv a 10.500 rpm e 10,6 kgf.m de torque a 8.250 rpm.
O motor, entretanto, passou por uma revisão para entregar a maior parte de sua força em baixas e médias rotações. As marchas de dois a cinco foram otimizadas para aceleração e direção, com a sexta acalmando as coisas para abaixar as rotações na estrada.
Como o motor é mais compacto, foi necessário desenhar um novo quadro em dupla trave de alumínio, 70% mais rígido, segundo a Honda. Para favorecer a agilidade nos centros urbanos, o rake tem 25 graus, o trail 98 milímetros e a distância entre eixos é de apenas 1.455 milímetros.
As suspensões são praticamente as mesmas, com garfos invertidos Showa de 41 milímetros na dianteira e amortecedor regulável da mesma marca na traseira. As dimensões de rodas e pneus também permaneceram, 120/60-17 na frente e 180/55ZR17 atrás, mas a balança não é mais monobraço.
A Nissin fornece as pinças de freio, com 4 pistões na dianteira e 2 na traseira, que atuam em 3 discos, de 310 milímetros na frente e 240 milímetros atrás, tudo monitorado por ABS. A altura do assento é de apenas 809 mm e o peso líquido é de 211 kg. Interessante.
Claro que há um pacote eletrônico atualizado para utilizar, com três modos de pilotagem padrão, além de duas opções personalizáveis. As opções predefinidas consistem em ‘Rain’, ‘Standard’ e ‘Sport’ com cada modo oferecendo um nível diferente de potência, frenagem do motor e controle de tração.
Outras atualizações técnicas incluem faróis estilo projetor de LED, além de um painel TFT colorido de cinco polegadas com tela de vidro colado e conectividade móvel. Um quickshifter também pode ser adicionado como parte de um dos três pacotes de acessórios no modelo básico.
Também estará disponível a versão SP com especificações mais altas, mas não é só isso: você é presenteado com um desempenho um pouco maior graças a um sistema de escapamento com controle de saída que abre a partir de 5.700 rpm e permite que o motor produza 5 cv e 0,3 kgf.m a mais.
A versão SP também ostenta garfos Showa SFF-BP de 41 mm totalmente ajustáveis, um amortecedor traseiro Öhlins TTX36 com reservatório externo de gás, pinças de freio Brembo Stylema e uma pintura exclusiva preta e dourada. A versão comum vem em três cores: vermelha, prata e branca.
Os preços dos dois modelos ainda não são conhecidos, mas é provável que estejam na faixa da concorrência, cerca de 14.000 euros. Sua grande rival deve ser a Suzuki GSX-S 1000, de especificações semelhantes, mas também enfrenta a BMW S1000R, Yamaha MT-09 e outras.