A Honda apresentou hoje (4) o modelo 2024 da CRF1100L Africa Twin com diversas atualizações importantes a nível estético e técnico, como a adoção de uma roda dianteira de 19 polegadas, no caso da versão Adventure Sports.
Inspirada nas motos que competiam no Paris-Dakar nos anos 1980 e no próprio modelo antecessor, que vigorou entre 1989 e 2000, a atual Africa Twin foi apresentada em 2015 ainda como CRF1000L e já pode ser considerada uma pioneira no renascimento do segmento adventure.
A primeira atualização surgiu em 2018, quando foi adicionada a versão Adventure Sports, com um tanque de combustível maior, de 24 litros, um visual mais robusto e mais acessórios. A segunda geração chegou em 2020, quando passou a ser CRF1100L e contar com mais de 100 cv.
O modelo 2024 não chega a ser uma nova geração, mas recebeu uma remodelação significativa. A carenagem dianteira foi amplamente redesenhada e agora inclui um para-brisa ajustável em cinco posições feito de materiais ecológicos. Os painéis laterais também são todos novos.
O motor de dois cilindros em linha continua com 1.084 cm³ e potência máxima de 102 cv, ainda pouco para a categoria, mas o torque máximo é 7% maior (passou de 105 Nm para 112 Nm) e é entregue mais cedo, a 5.500 rpm em vez de 6.250 rpm anteriores.
Isto vem através de uma maior taxa de compressão (de 10,1:1 a 10,5:1), alterações no sincronismo das válvulas, nas portas de admissão e configurações da ECU, além de um novo escapamento. Nada de compressores ou injeção direta, como chegou a se especular.
As duas versões, standard e ES diferenciam-se basicamente no tipo de suspensão: ambas contam com rodas raiadas de 21 e 18 polegadas com pneus sem câmara, mas enquanto a primeira vem com suspensões Showa mecanicamente ajustáveis, a segunda possui um sistema eletrônico.
Chamado oficialmente de Showa EERA (Electronicaly Equipped Ride Adjustment), essa suspensão eletrônica oferece a possibilidade de ajustar a pré-carga do amortecedor mesmo em movimento. Além disso, a ES vem com punhos aquecidos e tomada 12 volts de série.
Liderado por uma IMU de seis eixos inerciais, o pacote eletrônico é bem completo, com 7 níveis de controle de tração, antiwheelie de 3 níveis, ABS em curvas de dois modos, quatro modos de condução (Tour, Urban, Gravel e Off-Road) e, claro, a opção do câmbio DCT.
O painel, uma tela TFT de 6,5 polegadas sensível ao toque, não sofreu alterações. É equipado com Apple Car Play, Android Auto e conectividade bluetooth. O controle de cruzeiro, embora ainda seja o convencional (nada de radares), vem de série.
Versão Adventure Sports
Mais modificações foram feitas na versão topo de linha, Adventure Sports, que ganha um caráter mais estradeiro e menos endurista, graças à nova roda dianteira de 19 polegadas, que substitui a anterior, de 21″. Além disso, o pneu é mais largo, 110/80-19, enquanto o anterior era 90/90-21.
A suspensão eletrônica Showa EERA vem de série, mas com calibrações próprias, sendo mais baixa (210 mm na dianteira e 200 mm na traseira), o que consequentemente deixou a moto mais baixa no geral, 220 mm em relação ao solo, ou seja, 30 mm a menos do que a versão anterior.
Há também um novo assento com almofada 15 mm mais espessa. O tanque de combustível é maior, de 24,8 litros, e tanto as manoplas com aquecimento, quanto o controle de cruzeiro e a tomada 12 volts vêm de série. O peso a líquido, com o câmbio DCT incluído chega a 253 kg.
As versões standard e ES vêm nas cores vermelha e preta e tricolor (azul branco e vermelho) da HRC, enquanto a Adventure Sports só está disponível em preto ou tricolor. As entregas nas concessionárias europeias começam em dezembro.