O primeiro dia de testes coletivos do World Superbike realizado ontem em Jerez (24) também foi a primeira ocasião em que os pilotos da Honda, Nicky Hayden e Stefan Bradl confrontaram a nova CBR1000RR Fireblade SP2 com suas rivais. E as primeiras impressões não são muito boas. “Temos muito trabalho a fazer“, admitiu o norte-americano.
Hayden marcou sua melhor volta em 1min41s830, mais de um segundo atrás do líder, o bicampeão Jonathan Rea da Kawasaki, que estabeleceu 1min40s162. Experiente, o piloto de 35 anos disse que já esperava as dificuldades, já que a equipe recebeu a nova motocicleta há apenas duas semanas.
“A equipe está com a moto há apenas duas semanas, então você só pode fazer esse tanto em duas semanas como equipe independente. O motor, no momento estamos apenas felizes de ter um motor que é de competição, vamos dizer, que não é o da versão de rua. Eles literalmente construíram o motor que iria ser usado aqui e durar, então é claro que há algum trabalho a ser feito em muitas áreas.” (Nicky Hayden)
O campeão mundial de 2006 na MotoGP continuou comentando com um misto de realismo e certa decepção, sem efetivamente criticar a motocicleta. Hayden admitiu que gostaria de ter uma surpresa na primeira pilotagem, mas já estava esperando as dificuldades.
“Eu marquei os mesmos tempos que durante a corrida com pneus de corrida, então é um ponto de partida. É claro que teríamos adorado virar em 1min40s, mas não esperávamos isso. Não é assim que as coisas são nas corridas. A diferença para a Kawasaki parece realmente ruim, mas temos que ficar calmos e perceber o que estamos fazendo. Você sonha em ter uma surpresa de que a moto é muito melhor do que esperava e muito. Mas faz muito tempo que isso aconteceu comigo, por isso estava preparado para esse primeiro dia de testes. Além disso, a minha condição, ainda não é 100% após a minha lesão no joelho. Vai levar mais um mês antes de eu estar totalmente pronto e não dei meu máximo hoje.”
Quem também pilotou a nova Fireblade SP2 foi Stefan Bradl. Após vários anos competindo na MotoGP, essa foi sua primeira experiência como piloto do World Superbike. E, assim como Hayden, o alemão teve suas críticas à moto: “Em geral, o primeiro dia foi OK, mas ainda muito trabalho à nossa frente, o que já sabíamos, não é inesperado“, explicou o campeão da Moto2 em 2011.
“Este é o primeiro motor com especificação de competição e há muito mais por vir dele”, continuou Bradl. “Há muitas coisas que não estão funcionando bem umas com as outras na eletrônica, o controle anti-wheelie, por exemplo, está agressivo demais”, explicou, antes de encerrar com uma mensagem positiva: “Tenho certeza de que em dois ou três meses poderemos dar um grande passo”. Os testes continuam hoje (25).