A situação não anda nada fácil para a Harley-Davidson. Apesar dos planos ambiciosos para os próximos anos, a marca de Milwaukee anotou mais uma queda nas vendas, de -8% no segundo semestre de 2019.
Esses números, divulgados pela própria marca, foram registrados tanto nos Estados Unidos quanto no resto do mundo, onde o impacto foi até maior, de -8,9%. Para se ter uma ideia, o mercado norte-americano encolheu -4,9% durante o mesmo período de tempo.
A retração da Harley-Davidson foi grande também no lucro líquido. Eles anotaram uma receita consolidada de US$ 1,63 bilhão no segundo trimestre de 2019, enquanto que US$ 1,71 bilhão foram conquistados no mesmo período do ano passado.
Com vendas em declínio desde 2016, a Harley-Davidson sente os efeitos da “guerra fiscal” travada entre os Estados Unidos e o resto do mundo, onde os impostos a produtos norte-americanos (especialmente motocicletas) mais do que dobraram.
Além disso, a marca de Milwaukee parece estar sentindo os efeitos do envelhecimento de seu público mais fiel e de ter se concentrado em apenas um segmento de mercado ao longo de seus mais de 100 anos de história.
Para reverter essa situação, a marca de Milwaukee anunciou no ano passado o ambicioso plano “More Roads”, onde pretende mudar completamente a sua imagem e a forma como se vende, para atrair um público mais jovem.
Nos próximos dez anos, a maior parte de sua produção será levada para fora dos Estados Unidos e mais de 100 novos modelos serão lançados, como a big trail Pan America e a elétrica LiveWire, cujas vendas se iniciam ainda em 2019.
Isso parece já estar fazendo efeito, porque no mesmo relatório a Harley-Davidson informa que as vendas para motociclistas norte-americanos com idades entre 18 e 34 subiram 2,7% no segundo trimestre de 2019. Os próximos anos serão decisivos em Milwaukee.
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