Outra decisão importante tomada pela Harley-Davidson nos últimos meses foi retirar toda a sua (vasta) linha de merchandising à venda no gigante site Amazon. O comércio online vai continuar, mas de outras formas.
De agora em diante, sua distribuição será gerenciada exclusivamente pelos revendedores. Dessa forma, a Harley-Davidson deseja que todos os benefícios sejam direcionados exclusivamente para a marca e seus distribuidores.
“Queremos ter um negócio de e-commerce digital totalmente integrado com nossos distribuidores. A Amazon não era realmente algo que beneficiava nossos distribuidores”, disse o novo presidente da marca, Jochen Zeitz ao jornal The Detroit News.
A entrada da Harley-Davidson na Amazon aconteceu em outubro de 2018 liderada pelo CEO anterior, Matt Levatich. Fazia parte de seu plano “More Roads” para ampliar o apelo da marca e alcançar uma nova geração de pilotos.
A Harley-Davidson não é a primeira multinacional a se separar do varejista online. A Nike causou sensação quando parou de vender tênis e roupas na Amazon há dois anos. Desde então, eles criaram o próprio sistema de e-commerce e estabeleceram novas parcerias.
A linha de merchandising da Harley-Davidson representa uma quantidade significativa de sua receita total. Com mais de 100 anos enraizada na cultura popular, a marca comercializa desde vestuário a souvenirs a um público que sequer anda de moto.
Público que a Harley-Davidson está disposta a conquistar em seu novo plano estratégico, “The Hardwire” anunciado no início do mês. O ano de 2020 foi terrível para a empresa, com uma queda de 17% nas vendas globais e no valor de suas ações.