A fase de recuperação da Harley-Davidson continua. Em seu mais recente relatório comercial, a marca norte-americana aponta um crescimento de 18% em suas vendas globais no primeiro semestre.
Foram cerca de 109,5 ,mil motocicletas entregues no primeiro semestre, ao passo que no mesmo período do ano passado, no auge da crise de Coronavírus, haviam sido apenas 93,2 mil. As vendas na América do Norte apresentaram aumento impressionante de 38% em relação a 2020.
O mesmo não se viu nas outras regiões, no entanto. Na Europa e Oriente Médio (EMEA), as vendas caíram 19%, na Ásia 7% e na América Latina (o que nos inclui) impressionantes 47%. A Harley-Davidson deu algumas explicações para alguns desses números negativos.
De acordo com a marca de Milwaukee, a queda na Europa e Oriente Médio se deve à retirada da linha Street e Sportster, as mais vendidas, por não obedecerem mais ao Euro5. Já a América Latina foi impactada negativamente por uma redução dos revendedores em toda a região, bem como “ações de precificação em todo o portfólio”.
Ao compararmos o segundo trimestre de 2021 com 2020, os números são todos positivos. 43% de crescimento na América do Norte, 7% no EMEA, 13% na Ásia/Pacífico e 31% na América Latina, 24% globalmente. Crescimento da vacinação? Redução nas restrições? Seja como for, o CEO da marca Jochen Zeitz se mostrou satisfeito.
“Estou satisfeito com o ritmo das melhorias e com o trimestre forte que entregamos“, disse Jochen Zeitz, presidente e diretor executivo da Harley-Davidson. “Estamos começando a ver os pontos de prova iniciais à medida que executamos nossa Estratégia The Hardwire, conforme demonstrado pelos resultados financeiros positivos de hoje. Somos encorajados pelos sinais de positividade do consumidor no mercado. No entanto, continuamos atentos aos desafios significativos da cadeia de suprimentos que esperamos continuar a impactar o setor.“
Nos últimos dias, BMW, Ducati e KTM reportaram números estonteantes de vendas no primeiro semestre. Perto delas, os números da Harley-Davidson até que são tímidos. Mas os norte-americanos vivem uma situação muito diferente já há alguns anos. Provavelmente teremos que esperar até o fim de 2021 para ver o cenário com maior clareza.