De acordo com o jornal norte-americano The New York Times, a Harley-Davidson pretende inaugurar em breve uma nova fábrica na Tailândia. A decisão, no entanto, está causando polêmica entre os defensores de que a marca de Milwaukee deve ficar apenas nos Estados Unidos.
Segundo o periódico, a Harley-Davidson receberia para construir sua planta na Tailândia um incentivo de 60% nas tarifas para vender motocicletas no país asiático, que já conta com uma das maiores fábricas da Honda.
A notícia, é claro, já está reverberando entre os sindicatos norte-americanos. A United Steelworkers (USW), que representa trabalhadores de várias fábricas da Harley-Davidson nos Estados Unidos, disse que a decisão era uma “bofetada” na força de trabalho do país.
Leo Gerard, presidente da United Auto Workers (UAW), talvez a maior sindicato automotivo dos país foi outro a se manifestar contra a medida, apontando que a Harley-Davidson deveria concentrar toda a sua produção nos Estados Unidos.
Apesar das reclamações, o gerente de vendas internacionais da Harley-Davidson Marc McAllister foi enfático: “Não se trata de tirar empregos dos Estados Unidos, trata-se de crescer os nossos negócios na Ásia“, declarou ao New York Times.
O fato é que as vendas de motocicletas nos Estados Unidos fecharam o ano de 2016 em queda (-2,1%) e a Harley-Davidson com um pequeno declínio, que já foi sentido internamente. A fábrica de York, na Pensilvânia recentemente diminuiu seu efetivo para apenas 118 postos de trabalho.