Quase uma década após sua entrada, a Harley-Davidson pode estar de saída da Índia, alerta a imprensa do país. Vendas fracas e falta de visibilidade para a demanda futura são os motivos citados.
De acordo com uma publicação do jornal indiano “The Hindu”, a Harley-Davidson enviou sondagens para algumas montadoras por meio de consultores para um possível acordo de terceirização utilizando a sua planta em Haryana.
O objetivo seria executar uma operação básica para fornecer suporte de pós-venda para as motocicletas já em circulação no país e provavelmente apoiar seus revendedores a vender motos totalmente importadas, disse uma fonte ao jornal.
Outro indício de que a marca de Milwaukee estaria se retirando são os grandes descontos, de ₹ 65.000 a ₹ 77.000 (R$ 5.200 a R$ 6.160), aplicados em dois de seus modelos, a fim de tentar esvaziar o seu estoque.
Embora o mercado indiano seja um dos mais lucrativos do mundo (com o maior volume de produção), a Harley-Davidson vendeu menos de 2.500 unidades no último ano e cerca de 100 motos entre abril e junho. Foi um de seus mercados internacionais com pior desempenho.
Com vendas em declínio no mundo todo desde 2016, a Harley-Davidson já pôs em prática o seu plano de contingência, “The Rewire” que pretende enxugar a linha e se concentrar em cerca de 50 mercados, principalmente na América do Norte, Europa e partes da Ásia-Pacífico tenham o maior potencial de crescimento para a empresa.
A fabricante não quis comentar sobre seus planos imediatos para a Índia e um porta-voz externo disse que “não comenta especulações”. Se realmente sair, será a segunda saída de uma montadora norte-americana, depois que a General Motors encerrou suas operações domésticas e vendeu a fábrica em Gujarat em 2017.