A Harley-Davidson pode respirar aliviada. Com a nova decisão do governo norte-americano em não tarifar a União Europeia (EU) com taxas extras de importação para o aço e alumínio como inicialmente previsto, a marca de Milwaukee não será afetada em suas vendas internacionais, por enquanto.
No mês passado, Trump anunciou novas medidas econômicas, na qual iria acrescentar uma tarifa de 25% sobre o aço importado e 10% sobre o alumínio estrangeiro, como reação à alguns acordos internacionais que prejudicavam os Estados Unidos.
A expectativa era de que uma onda de retaliações a produtos norte-americanos começasse, entrando em rota de colisão com a Harley-Davidson. Contudo, o governo norte-americano voltou a trás e a Europa, juntamente com a Argentina, Austrália, Coreia do Sul e até o Brasil estão – temporariamente – isentos das novas tarifas de aço.
Trata-se de uma decisão importantíssima para a Harley-Davidson. Embora seu mercado principal continue a ser o interno, a marca vem perdendo terreno em casa e tem sido salva por seus resultados internacionais. A Europa, por exemplo, é o seu maior mercado de exportação, representando cerca de 16% das vendas.
Para outros países como a Rússia (e, surpreendentemente, o Japão), as tarifas de aço norte-americanas entram em vigor hoje (23). O fato de os japoneses não terem recebido isenção pode significar dor de cabeça para a Harley-Davidson, já que a terra do sol nascente é um de seus grandes mercados de exportação. Mas ainda não se sabe se eles irão criar uma retaliação à decisão.