Se o ano de 2016 foi excelente para BMW e Ducati, o mesmo não se pode dizer da Harley-Davidson. A marca de Milwaukee divulgou o balanço do ano passado onde registrou uma pequena queda de 1,6% nas vendas globais. No entanto, a natureza dos números é mais complexa do que a primeira vista.
Na verdade, as vendas internacionais cresceram 2,3% em relação ao ano anterior. Contudo, a queda nos Estados Unidos foi ainda mais acentuada (-3,9%), o que fez o balanço geral ficar no negativo. 262.221 unidades foram comercializadas globalmente e 161.658 em seu país de origem.
Essas perdas também se traduziram em uma perda de 8% no lucro líquido, atingindo US$ 692,2 milhões de dólares em 2016. Entretanto, a receita consolidada permaneceu estável em US $ 6 bilhões. Outra notícia positiva foi o aumento no market share (fração de mercado controlado pela empresa), tanto nos EUA (onde lidera) quanto no mercado europeu.
Foi no mercado asiático onde a Harley-Davidson mais se expandiu, com a adição de 40 novas concessionárias. Satisfeito com o progresso no exterior, o presidente e CEO da marca Matt Levatich não esquece o mercado interno, onde pretende recuperar (e criar) uma nova geração de motociclistas.
“Nossa estratégia de longo prazo é aumentar o número de motociclistas nos EUA, o alcance e o impacto internacional e uma participação crescente no lucro de cada mercado que servimos. Nosso objetivo nos próximos 10 anos é construir a próxima geração de pilotos Harley-Davidson em todo o mundo”. (Matt Levatich)
Para atingir esses objetivos, a Harley-Davidson pretende lançar 50 novos modelos nos próximos cinco anos a fim de atrair novos motociclistas nos EUA. No exterior, a marca de Milwaukee pretende abrir de 150 a 200 novas concessionárias até 2020.