A Harley-Davidson parece ter tomado gosto pela eletrônica. A marca de Milwaukee arquivou o projeto de um sistema que permite a um grupo de motociclistas manter uma velocidade constante sem precisar encostar no acelerador.
O sistema é baseado em três controladores cinemáticos (um ramo de matemática que lida com o movimento de objetos) na motocicleta. Estes usam dados fornecidos por sensores e câmeras para regular a velocidade do veículo com base na distância dos objetos na mesma pista.
Através de uma tela sensível ao toque, o motociclista tem apenas o trabalho de selecionar o veículo à sua frente que gostaria de seguir. Se nenhum objeto for selecionado o próprio sistema faz a escolha. Essa motocicleta seria ainda incorporada de uma espécie de transponder, que pode exibir sua localização para outros veículos capazes de reconhecê-la na estrada.
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A ideia é de que, se um grupo de motociclistas compartilhar o mesmo sistema, esse recurso deve permitir que as motos desenvolvam uma espécie de “mentalidade de colmeia”, permitindo que rastreiem-se umas as outras em tempo real. O mesmo princípio já utilizado há décadas na aviação, para que os pilotos voem em formação por longos períodos.
Depois de décadas de conservadorismo, a Harley-Davidson está trabalhando pesado para tornar seus modelos tão tecnologicamente avançados quanto seus rivais japoneses e europeus. Nos últimos meses, os norte-americanos registraram outro projeto de um sistema de freios automático, igualmente baseado em controladores cinemáticos, que provavelmente atuaria em conjunto com a patente atual.
O objetivo é aumentar a segurança e diminuir os alarmantes índices de acidentes fatais com motocicletas no mundo inteiro. A Bosch, ao lado da Ducati e da KTM já vem testando algo parecido. Isso também pode ser apreciado pelos clientes da Harley-Davidson, que gostam de passear em formação à eventos motociclísticos, como o Festival de Sturgis. A novidade teria ainda maior adesão entre motoqueiros iniciantes.