A Harley-Davidson anunciou hoje (10) que irá cortar cerca de 700 empregos no mundo todo nos próximos meses, como parte do plano de reestruturação que a empresa está fazendo para retomar o crescimento. O primeiro a sair foi o CFO da marca, John Olin.
Olin, que estava no cargo há 17 anos, será substituído pelo tesoureiro Darrell Thomas, que ocupará o lugar enquanto a marca de Milwaukee procura um substituto permanente. A decisão foi anunciada pelo atual CEO, Jochen Zeitz.
“Mudanças significativas são necessárias, e devemos seguir em novas direções. Agradeço a John por seu compromisso durante seus 17 anos com a empresa e por sua liderança durante esta fase crítica do plano The Rewire”, disse Zeitz.
Ainda não está está claro quais são as posições que a Harley-Davidson eliminará com essa mudança, mas eles revelaram que que 200 dos 700 empregos já estão vazios. 140 deles foram em suas fábricas no Wisconsin e na Pensilvânia.
Com vendas em declínio desde 2016, a Harley-Davidson estabeleceu, em 2018, um ambicioso projeto de reestruturação, o “More Roads” encabeçado pelo então CEO, Matt Levatich. O objetivo era renovar a imagem, os modelos e a forma de venda da marca.
A crise desencadeada pelo Coronavírus, no entanto, pegou todos os fabricantes de surpresa, especialmente a Harley-Davidson. Levatich foi substituído por Jochen Zeitz, ex-CEO da Puma e membro do conselho administrativo, que estabeleceu um novo – e mais austero plano, o The Rewire.
Mais focado em sobrevivência do que em expansão, o The Rewire ainda precisa ser mais detalhado ao público, o que esperamos que aconteça quando a Harley-Davidson publicar o seu relatório de vendas do primeiro semestre. As fábricas nos EUA ficaram fechadas por um mês e meio durante a crise de Covid-19.