A greve dos caminhoneiros, que paralisou o país por 11 dias em maio deixou sua marca na Indústria Motociclística. Devido as dificuldades de locomoção pela falta de gasolina, as vendas no varejo recuaram -1,1% no quinto mês do ano.
De acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), foram comercializadas 81.238 motocicletas em maio, ante as 82.118 registradas em abril. Os comerciantes sentiram a baixa no movimento nas concessionárias durante aqueles dias.
Apesar do recuo, os resultados obtidos agora ainda são melhores do que os registrados em maio de 2017. No ano passado, somente 79.533 modelos foram emplacados, o que significa um aumento de 2,1% em 2018.
De acordo com a Fenabrave, a Honda vendeu 64.673 unidades, ante 65.275 em abril. A Yamaha comercializou 10.678 (11.116 em abril) e a Shineray aparece na terceira posição com 822 (790). Já a Haojue, que emplacou 870 modelos no mês passado fechou maio em quarto lugar com 813.
Os resultados são mais graves de um modo geral. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a produção industrial caiu 13,4% na comparação com abril, o pior desempenho da história. Os setores mais afetados foram os de automóveis e alimentos.
A expectativa é de que o mês de junho recupere o clima de recuperação que havia antes, mas mesmo isso é incerto: “A dúvida é até que ponto o mês de junho vai conseguir recuperar o que foi perdido em maio”, disse Leonardo Mello de Carvalho, técnico do Ipea responsável pelo estudo.