Eric Granado comentou as expectativas para a sua primeira corrida no Mundial de Superbike (WorldSBK) que vai disputar nesse final de semana, no circuito do Estoril. O piloto de 24 anos vai correr pela equipe satélite da Honda no campeonato.
Granado vai pilotar a novíssima CBR1000RR-R SP preparada pela equipe MIE Racing, que conta, como primeiro piloto, o experiente japonês Takumi Takahashi. O brasileiro reconheceu que o acordo não teria sido possível sem o apoio da Honda nacional, com a qual venceu os últimos títulos do Superbike Brasil.
“Quero muito agradecer à Honda do Brasil por esta oportunidade. Eu vejo isso como um fruto especial do nosso relacionamento, já que deste 2017 conquistamos títulos na Superbike Brasil juntos. Estou muito grato por essa história que estamos construindo“, ressaltou. “O certo é que eu chego em um grande momento, o campeonato nunca esteve tão competitivo. O nível é altíssimo. E é isso o que realmente me motiva“.
O campeonato e a equipe são novos para Granado, mas não o circuito de Estoril. O tradicional autódromo português, que já sediou corridas de Fórmula 1 e MotoGP também foi utilizado pelo FIM CEV Moto2, o campeonato europeu que o brasileiro venceu em 2017.
“Eu não vou entrar na pista pensando em resultado. Eu vou subir na moto e entregar o melhor que puder. Essa que vai ser minha perspectiva no final de semana. A única vantagem que tenho inicialmente é conhecer a pista“, admite. “Conquistei no Estoril duas vitórias quando fui campeão europeu de Moto2. O traçado foi recapeado, então deve estar melhor do que quando eu competi lá – deve estar mais rápido. De resto, tenho muitas variáveis novas. Desde a equipe, a moto, os rivais na pista, meu companheiro de equipe, tudo será um aprendizado. Espero mesmo aprender muito“.
A motocicleta que Granado vai utilizar, a novíssima CBR1000RR-R SP também é bem diferente da CBR1000RR que tem no Brasil. Lançada no final do ano passado, a superbike foi atualizada em todas as áreas e vem sendo desenvolvida pela HRC durante essa temporada, a primeira com participação oficial da marca em 18 anos.
“A que usamos no Brasil é potente e veloz, mas a do Mundial tem um pacote de freio, chassi, eletrônica e motor diferentes. Na eletrônica, coisas como antiwheelie, controle de tração e outros dispositivos vão exigir um aprendizado, pois durante a corrida eles podem ser decisivos, dependendo da condição da pista, com ou sem chuva etc“, explicou. “Então, o meu principal foco será entender como isso tudo funciona na moto e como ajustar em cada condição de aderência, temperatura e desgaste dos pneus. Eu acredito que em breve veremos esse time fazer grandes coisas no Mundial. É uma questão de tempo”.
Os treinos livres para o GP de Portugal começam nessa sexta-feira (16). No sábado (16), os pilotos entram na pista para a sessão classificatória e a disputa da primeira corrida do final de semana. No domingo (19) há a Superpole Race e a disputa da segunda prova completa que encerra a etapa e também a temporada 2020.