Eric Granado comentou as expectativas para a temporada 2021, a primeira em que não estará presente no Brasil, já que vai competir no Campeonato Espanhol e na MotoE. O brasileiro agradeceu o apoio brasileiro, mas acha que o país precisa incentivar mais a prática esportiva.
Granado anunciou na semana passada que vai competir no competitivo Campeonato Espanhol de Superbike, uma das portas de entrada para o Mundial de Superbike. Sua participação terá o apoio oficial da Honda brasileira, que retirou sua equipe de fábrica no Superbike Brasil.
“Vou sentir muita saudade dessa equipe, dos amigos que fiz lá, do jeito que trabalhávamos, é uma relação que vou levar para a vida toda. Fizemos um bom trabalho juntos, vencemos quatro campeonatos consecutivos. Vou certamente sentir saudades. Mas espero que no futuro possamos estar juntos de novo“, disse Granado. “Agora meu foco é buscar novos desafios, e fico muito feliz por estar em uma estrutura da Honda fora do Brasil também. É mais um voto de confiança, que vou tentar retribuir da melhor forma que puder.“
Granado comentou as vantagens de participar do campeonato espanhol: “É disputado no país que é a maior referência da motovelocidade mundial, juntamente com a Itália. O Inglês também é forte, mas o Espanhol é como se fosse o centro do mundo no nosso esporte“, afirma. “Já tivemos pilotos indo do Espanhol direto para o Mundial, e do Mundial para o Espanhol, então há uma relação forte entre eles. É uma grande porta de entrada, uma oportunidade boa para a minha carreira, que foi planejada juntamente com a Honda do Brasil.”.
Ao comparar o motociclismo brasileiro e espanhol, Granado afirma que são duas realidades diferentes. “A Espanha respira motovelocidade, é um país onde o esporte foi estruturado e cria novas gerações de pilotos constantemente“, explica. “O Brasil também tem sua tradição, mas ainda precisa modelar e criar formas de incentivo para cada estágio do esporte. Eu sou muito grato a quem me apoia no Brasil e sei que este apoio tem um valor enorme. Procuro retribuir da melhor forma, me dedicando ao máximo dentro e fora da pista“, garante.
Sobre as expectativas para 2021, Granado prefere não pensar em título: “quero ser competitivo, e quem sabe vencer corridas. Ser campeão ou não é consequência do meu trabalho e das equipes também, tanto no Espanhol de Superbike quanto no Mundial de Moto-E. Então, minha meta é fazer o melhor que puder. Lógico, quero vencer e disputar os títulos. Todos os pilotos querem. Mas tenho os pés no chão. Sei que são dois dos principais campeonatos do mundo. O desafio é grande, mas a vontade também.“
O foco na MotoE também segue inalterado: “É fundamental para mim estar nos dois campeonatos. A MotoE acontece no ambiente da MotoGP, que é um dos meus sonhos“, assegura. “Mas tem um calendário com apenas sete etapas, o que é pouco para o meu momento na carreira. Isso dá uma boa margem para participar de outra categoria“, explicou. “A diferença é que vou estar direto na Europa, mergulhado no ambiente da motovelocidade europeia, sem precisar ir e voltar do Brasil várias vezes ao ano.“