O excelente pódio de Andrea Iannone conquistado no Grande Prêmio de Aragón, no último final de semana teve um gosto agridoce para a Suzuki. Graças a ele, a marca japonesa perde oficialmente os privilégios de concessão na temporada 2019 de MotoGP. Entenda porque isso acontece aqui.
Para estimular a participação de novas montadoras e deixar a MotoGP mais competitiva, a Dorna, entidade que promove e regulamenta a categoria, estabeleceu há alguns anos as chamadas “concessões”, que permitem alguns privilégios às marcas que conquistam poucos resultados ou que estão entrando no campeonato.
Esses privilégios (que KTM e Aprilia também possuem) significam testes ilimitados ao longo do ano e a possibilidade de se utilizarem nove motores (cuja especificação pode ser modificada a qualquer momento). Honda, Yamaha e Ducati, por outro lado, tem um número X de testes disponíveis e apenas sete propulsores, que são selados no início da temporada (sem possibilidade de alterações posteriores).
É uma chance e tanto que Suzuki, KTM e Aprilia tem para alcançar os líderes do campeonato. Esse regime de concessões, no entanto, é retirado assim que a equipe conquista seis pontos de pódio na temporada. É o caso da Suzuki agora, que já soma três terceiros lugares com Iannone (Austin, Jerez e Aragón), além de outro terceiro com Rins no GP da Argentina e um segundo no GP da Holanda.
Não é a primeira vez que a Suzuki perde as concessões. Em 2016, quando Maverick Viñales venceu o GP da Inglaterra, eles também perderam os privilégios em 2017 e os resultados refletiram isso: apenas 129 pontos conquistados. Hoje, com eles, a marca já soma 200, restando ainda cinco etapas até o término da temporada.
A expectativa é de que a Suzuki tenha melhorado o suficiente para não depender das concessões na temporada 2019 e não se repita o ano desastroso de 2017. Desse modo, os privilégios voltam em 2020. Mas o que realmente queremos ver é as GSX-RR azuladas disputando o título, como nos velhos tempos.