Parece que o retorno do Grande Prêmio do Brasil de MotoGP está finalmente próximo de acontecer. Um contrato de longo prazo com o Autódromo Ayrton Senna, em Goiânia, deve ser anunciado na próxima semana.
De acordo com o site Grande Prêmio, o Governo do Estado de Goiás chegou a um acordo com a Dorna após uma primeira reunião em Assen, na Holanda. Depois as negociações continuaram em Madri e um acordo foi firmado com o CEO da Dorna, Carmelo Ezpeleta.
“A assinatura oficial do acordo para trazer o evento para o Autódromo Internacional de Goiânia Ayrton Senna acontecerá no dia 12 de dezembro e terá prazo de contrato de cinco anos”, disseram. A etapa estaria de volta já na temporada 2026 e teria que ser realizada até 2030.
Ao contrário da Fórmula 1, o Grande Prêmio do Brasil de Motovelocidade tem uma história complicada, de idas e vindas. A primeira vez que os heróis das motos aterrissaram aqui foi em 1987 nesse mesmo Autódromo de Goiânia. A etapa durou apenas três edições, até 1989.
O GP do Brasil retornou apenas em 1992 com uma edição única no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos. Depois, as atenções dos organizadores se voltaram para o circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A última corrida, no já longínquo ano de 2004, foi vencida por Makoto Tamada.
Com a demolição de Jacarepaguá nos anos 2010 e o contrato de exclusividade de Interlagos com a Formula 1, a etapa brasileira de motovelocidade ficou em uma posição complicada. A promessa deixada era de que um novo autódromo – exclusivo para a MotoGP – seria feito, o que nunca aconteceu.
Nos últimos anos, as atenções se voltaram novamente para Goiânia. O autódromo foi reformado nos padrões atuais de segurança da FIM e as negociações para a trazer a MotoGP iniciaram em 2019. O plano inicial, na verdade, pretendia realizar a etapa já em 2022.
É do interesse da Dorna (e agora da Liberty Media) a realização de mais provas no continente americano, especialmente no Brasil, país muito dependente das motocicletas e que tem a venda delas em franca expansão nos últimos anos. Nos últimos anos, apenas uma etapa na Argentina foi realizada.
Mas a etapa argentina, no circuito Termas de Rio Hondo, também tem seus próprios problemas. Um incêndio danificou boa parte da infraestrutura em 2022. A pandemia, problemas políticos e a fraca economia do país também impediram a realização da prova nos últimos anos.