O Grande Prêmio da Itália realizado ontem (29) no circuito de Mugello registrou seu pior número de público desde 2006. A ausência de Valentino Rossi e o alto preço dos ingressos estão entre as principais causas apontadas.
Foram contabilizados um total de 74.078 espectadores durante os três dias do evento: 10.815 na sexta-feira, 19.602 no sábado e 43.661 pessoas no domingo. Em 2019, o último evento realizado com público, 139.329 espectadores foram vistos de sexta a domingo (83.761 deles no dia da corrida).
O desempenho fica ainda pior se compararmos com 2017, ano de maior público da história recente do GP da Itália onde 164.418 espectadores foram contabilizados nos três dias de evento. A Dorna fornece dados oficiais de audiência até apenas o ano de 2006.
Foi um golpe duro para o GP da Itália, que sempre foi considerada a etapa mais festiva do calendário ao ponto de ter o slogan “al Mugello non si dorme” (em Mugello não se dorme). Nem na reta dos boxes a arquibancada principal estava cheia e a festa da noite foi praticamente nula.
O que aconteceu para que o GP da Itália tivesse um desempenho tão pobre, mesmo com vários pilotos e equipes italianas brigando pela ponta? A resposta mais rápida é a ausência de Valentino Rossi. Entretanto o Doutor esteve presente para ver o seu número 46 aposentado das pistas, além de auxiliar os pilotos de sua equipe.
Mas Rossi não foi o único responsável. O preço dos ingressos foram considerados salgados de mais, quase 50% mais caros do que nas temporadas anteriores. O mais barato e válido para os três dias custou 150 euros, quase o dobro dos preços vistos no GP da Espanha e da França. Para sentar em uma cadeira era preciso desembolsar 236 euros.
Isso é muito dinheiro em um ano marcado pela inflação e uma crise econômica desencadeada pela pandemia de coronavírus e pela recente Guerra na Ucrânia que desestabilizou toda a Europa. Há outra etapa na Itália, o GP de San Marino em setembro, com ingressos a partir de 157 euros. Irão os organizadores manter esses preços? O tempo dirá.