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É tempo de GP da Holanda. Por que o circuito de Assen é tão especial?

Lucas Carioli 25 de junho de 2025

Enquanto a Fórmula 1 possui o circuito de Monte Carlo e a Indy as 500 Milhas de Indianápolis, o Mundial de Motociclismo adota o GP da Holanda em Assen como sua prova mais especial. Mas por que? É o que você descobre aqui.

Assim é a pacata cidade de Assen.

Organizado em 1949, o Mundial de Motociclismo está completando 76 anos, assim como o Grande Prêmio da Holanda, presente desde a primeira temporada. O circuito de Assen, no entanto, é muito mais antigo e realiza corridas desde 1925, exceto entre 1940 e 1945 devido a Segunda Guerra Mundial. Portanto, estamos diante de um circuito centenário!

A pista original tinha 16,54 quilômetros e era um Troféu Turista, nome que permanece até hoje. Por isso a etapa é chamada de Dutch TT, não de Dutch GP como seria o normal: “Em 1925 foi o primeiro Dutch TT, mas não em Assen“, garante Egbert Braakman, gerente do circuito entre 1970 e 2006. “Foi em uma aldeia chamada Rolde, a sete quilômetros de Assen.”

O circuito permaneceu inalterado até 1955, quando foi reduzido para 7,7 km pela primeira vez, por questões de segurança. Em 1984 ocorreu a terceira e maior modificação, que encurtou a pista para 6,1 km. O layout atual, de apenas 4,5 km, foi inaugurado em 2006 recebendo pequenas adaptações desde então. 

A natureza fluida do circuito permite corridas divertidas e disputadas até o final. Em 1975, Giacomo Agostini e Barry Sheene protagonizaram uma grande chegada em que, devido ao arcaico sistema de cronometragem da época, ambos foram declarados vencedores! Mais tarde, atribuiu-se a vitória ao britânico, campeão em 1976 e 1977.

A pista também pode ser traiçoeira, principalmente sobre piso molhado. Em 1992, Mick Doohan foi parar no hospital com sérias fraturas nas pernas. Durante a corrida, Kevin Schwantz e Eddie Lawson colidiram em alta velocidade. Em 2013, Jorge Lorenzo quebrou a clavícula nos treinos, voou até a Espanha para ser operado e retornou no domingo, ainda conseguindo concluir a corrida em quinto!

A introdução de uma chicane final só aumentou a emoção. Em 1991, Wayne Rainey e Kevin Schwantz decidiram a vitória na reta de chegada, com o piloto da Suzuki à frente. Em 2006, Nicky Hayden e Colin Edwards fizeram o mesmo, com o “Texas Tornado” indo ao chão. E o que dizer da chegada entre Valentino Rossi e Marc Máquez em 2015?

Coincidência ou não, apenas grandes nomes colocam seus nomes na Catedral. O nosso Alex Barros venceu lá em 2000, ainda nas 500cc, e quase repetiu a dose no primeiro ano da era MotoGP em 2002. Quem não se lembra daquele pega inesquecível com Rossi, o brasileiro ainda de Honda dois tempos e o italiano com a nova de 4 tempos?

Rossi, por sinal, é o maior vencedor de Assen, com oito vitórias apenas na era MotoGP e mais duas nas 125cc e 250cc. Marc Márquez tem cinco: duas na MotoGP (2014 e 2018), duas na Moto2 (2011 e 2012) e uma na Moto3 (2010). A Yamaha é a fabricante mais bem sucedida com 11 triunfos. A Honda tem sete e a Ducati quatro, uma com Casey Stoner em 2008 e as demais com Pecco Bagnaia.

Todas as motos da Holanda aparecem no estacionamento de Assen.

Bagnaia é o campeão reinante em Assen, com vitórias consecutivas nas últimas três edições. Entretanto, Giacomo Agostini e Mick Doohan ganharam a prova cinco vezes seguidas em suas épocas, com o italiano vencendo 14 no total. Mas o maior vencedor de Assen atende por outro nome: Angel Nieto, o inesquecível “12+1”, com nada menos do que 15 triunfos!

E os pilotos holandeses, nunca venceram? Poucas vezes. A primeira em 1968 com Paul Lodewijkx (50cc). Depois o lendário Wil Hartog conseguiu uma histórica vitória nas 500cc em 1977. Jack Middleburg repetiu a dose em 1980 e desde então ninguém mais chegou lá na classe principal, apenas Hans Spaan nas 125cc em 1989. Atualmente eles torcem para o piloto de Moto2 Collin Veijer para sair do jejum.

Nem tudo é sobre corridas em Assen.

E por que “Catedral”? As razões, como pode se imaginar, são religiosas. A igreja local está próxima à linha de chegada e o conselho da cidade não queria que as pessoas deixassem de ir à missa no domingo, já que as estradas eram fechadas para a corrida. Desse modo, as provas eram realizadas no sábado, uma exclusividade do Mundial que durou até 2016.

Além de tudo, o GP da Holanda é um baita evento, até para quem não está nem aí para a MotoGP e que movimenta enormemente a economia local.  As atividades bem conhecidas incluem um parque de diversões, uma roda gigante, uma pista de arrancada e concertos musicais em oito locais pela cidade, em uma programação que vai de quinta à sabado à noite.

GP da Holanda – Lista de Vencedores (desde 2000)

2024 – Francesco Bagnaia (Ducati)

2023 – Francesco Bagnaia (Ducati)

2022 – Francesco Bagnaia (Ducati)

2021 – Fabio Quartararo (Yamaha)

2019 – Maverick Vinãles (Yamaha)

2018 – Marc Márquez (Honda)

2017 – Valentino Rossi (Yamaha)

2016 – Jack Miller (Honda)

2015 – Valentino Rossi (Yamaha)

2014 – Marc Marquez (Honda)

2013 – Valentino Rossi (Yamaha)

2012 – Casey Stoner (Honda)

2011 – Ben Spies (Yamaha)

2010 – Jorge Lorenzo (Yamaha)

2009 – Valentino Rossi (Yamaha)

2008 – Casey Stoner (Ducati)

2007 – Valentino Rossi (Yamaha)

2006 – Nicky Hayden (Honda)

2005 – Valentino Rossi (Yamaha)

2004 – Valentino Rossi (Yamaha)

2003 – Sete Gibernau (Honda)

2002 – Valentino Rossi (Honda)

2001 – Max Biaggi (Yamaha)

2000 – Alex Barros (Honda)

Tags: AssenTT Circuito de Assen GP da Holanda História MotoGP

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