O Grande Prêmio da Argentina, previsto para 7 de abril de 2024, pode não acontecer devido a novos problemas financeiros, especialmente à falta de financiamento público.
De acordo com o site Motorsport.com, as novas preocupações são agora levantadas, principalmente devido ao novo presidente da Argentina, Javier Milei, que desde a sua eleição em dezembro, vem ordenando um profundo corte de gastos em todas as esferas da economia argentina.
O evento, na região noroeste do país, recebe uma quantia significativa de dinheiro do governo federal, fator fundamental em conjunto com o governo da província de Santiago del Estero e a promotora privada responsável pela realização da corrida.
O Grande Prêmio da Argentina de MotoGP começou a ser disputado antes do Brasil, no início dos anos 1980. Mas assim como acontece aqui, a participação foi por muitos anos intermitente; apenas de 2014 para cá que o país se firmou como etapa do campeonato mundial com assiduidade.
Nos últimos anos, a corrida no autódromo Termas de Rio Hondo tem se tornado difícil. Primeiro devido à pandemia, que encareceu os custos de transporte das equipes para a América do Sul. Segundo, em decorrência de um incêndio que devastou parte do paddock, mas foi prontamente reconstruído.
A edição de 2023 foi realizada debaixo de chuva e viu uma impressionante primeira vitória de Marco Bezzecchi. Embora hajam países reserva, a posição do GP da Argentina como terceira rodada do campeonato de 2024 dificilmente será substituída.
Isso porque a data agendada, de 5 a 7 de Abril, não permite tempo para que sejam feitas alterações logísticas para acomodar o substituto entre o Grande Prêmio de Portugal, de 22 a 24 de Março, e o Grande Prêmio dos EUA, de 12 a 14 de abril.
Ainda assim, não está totalmente descartada a volta do Grande Prêmio do Cazaquistão, que estava marcado para meados de junho e já havia sido cancelado na temporada passada. O circuito de Sokol, a 76 km de Almaty, a principal cidade do país, está praticamente pronto.